Marília ainda vai ter que esperar bastante para saber o quanto de seus casos suspeitos de contágio de coronavírus estão confirmados ou podem ser descartados oficialmente.
A afirmação é do próprio secretário municipal de saúde, Ricardo Mustafá, que disse estar preocupado com a demora do retorno dos resultados do Instituto Adolfo Lutz.
Marília tem enviado todos os exames para lá desde a primeira quinzena deste mês. Até o momento, o laboratório, único credenciado pelo governo estadual para o procedimento, enviou apenas dois resultados -ambos negativos.
“Eu também queria ter uma resposta. A gente cobra diariamente o governo para saber mesmo a verdade”, afirmou o secretário. “A demanda é tão grande no estado de São Paulo que os resultados estão represados”.
A supervisora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, Alessandra Arrigoni Mosquini, afirmou que os prazos estão longe de ser como os de antes.
“Quando tivemos o primeiro suspeito a afirmação do Adolfo Lutz era de cinco a sete dias. Isso a gente passa para o paciente. Agora, não tem mais”, afirmou. “O epicentro da doença é a capital, que tem passado por um grande enfretamento da doença”.
PROJEÇÃO / Mustafá afirmou ser “humanamente impossível” mensurar a projeção do Covid-19 em Marília com o afastamento social horizontal ou vertical. “Não tem como saber isso. Seria leviano da minha parte dizer que vai aumentar ou diminuir”.
Durante a coletiva desta sexta (27), o prefeito Daniel Alonso (PSDB) comentou que há “uma tendência” de que “toda a população” possa ter contagiada ´pelo coronavírus.
“A preocupação nossa é que a gente não pegue de uma vez só. Seria um caos nos hospitais. Não haveria lugar para atender todo mundo. Não vai ter respiradores. Tem que se cuidar”.