A Boeing já havia confirmado ter sido vítima de um ataque hacker que teve como alvo “elementos de negócios de peças e distribuição”
Dados da Boeing, uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, foram vazados nesta sexta-feira (10) pelo grupo criminoso LockBit. No início do mês, a empresa havia confirmado ter sido vítima de um ataque cibernético que teve como alvo “elementos de negócios de peças e distribuição”.
Boeing já havia confirmado ter sido vítima de ataque hacker
Os hackers já haviam informado que tinham conseguido acesso a dados confidenciais da empresa e que vazariam essas informações caso a Boeing não pagasse um resgate até 2 de novembro. Os arquivos divulgados datam principalmente do final de outubro.
Ligada à Rússia, o grupo LockBit já invadiu 1.800 sistemas em todo o mundo desde o final de 2019, de acordo com um recente comunicado do governo dos Estados Unidos. Eles costumam agir a partir de ataques de ransomware e cobram pelo resgate dos dados roubados.
A Boeing garantiu que o ataque hacker não representa uma ameaça à segurança dos voos. E disse que continua investigando o caso internamente e também auxiliando a polícia dos Estados Unidos.
Estamos cientes de que, em conexão com este incidente, um agente criminoso de ransomware divulgou informações que alega ter retirado de nossos sistemas. Continuamos a investigar o incidente e permaneceremos em contato com as autoridades policiais, regulatórias e partes potencialmente afetadas, conforme apropriado.
Boeing, em comunicado
As informações são da Reuters.
Outros ataques da Lockbit
- No ano passado, a Jeppesen, subsidiária da Boeing que oferece informações de navegação, ferramentas de planejamento de operações e produtos de planejamento de voo, foi alvo de um ataque cibernético.
- Naquela oportunidade, houve interrupção no planejamento de voo.
- Já nesta quinta-feira (09), o braço do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) dos EUA foi alvo de um ataque de ransomware que interrompeu as negociações no mercado do Tesouro do país.
- Especialistas acreditam que a Lockbit também está por trás da invasão.
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi/Olhar Digital