Chamada de GlovETE, a luva estabilizadora está em fase final de aperfeiçoamento e deverá ser mais barata do que tecnologias semelhantes
Estudantes da Escola Técnica Estadual Paulo Freire, em Carnaíba, no sertão de Pernambuco, desenvolveram uma luva que estabiliza os tremores provocados pelo mal de Parkinson. O dispositivo está em fase final de aperfeiçoamento e deverá ser muito mais barato do que tecnologias semelhantes.
Entenda como a luva atua nos tremores do Parkinson
Os trabalhos foram realizados nos intervalos entre as aulas a partir de conceitos das lições de física e robótica. Os estudantes usaram uma impressora 3D, furadeiras e uma microrretífica, ferramenta capaz de perfurar, escavar, cortar, lixar e polir materiais e superfícies em pequena escala.
Dessa forma, criaram um equipamento composto por uma luva de academia, um disco HD, regulador de energia e Arduino, uma placa programável. O diferencial é o uso do HD como giroscópio, estabilizando as mãos dos pacientes ao girar em alta velocidade.
Uma bateria acoplada permite o funcionamento correto do dispositivo. Diferente das luvas disponíveis no mercado, que chegam a custar até R$ 8 mil, o protótipo custa apenas R$ 92.
Agora, outra equipe está trabalhando para aperfeiçoar o produto. A ideia é adicionar vibradores nos cinco dedos. Os dispositivos são os mesmos usados em celulares e servirão como distração para o cérebro, podendo reduzir os tremores involuntários nos pacientes acometidos pela doença.
Luva já recebeu vários prêmios
Chamada de GlovETE, a luva estabilizadora ficou entre os 50 melhores projetos no ranking do Prêmio Solve For Tomorrow, da Samsumg.
Além disso, levou o primeiro lugar no evento QCiência, realizado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e no Ciência Jovem, um dos maiores eventos de ciência do Recife.
O mal de Parkinson é uma doença degenerativa que afeta as células cerebrais.
Os sintomas mais conhecidos são os tremores involuntários dos músculos.
Estudos da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, apontam que até 2030 a população de pessoas que sofrem da doença no Brasil irá dobrar, chegando a 8,7 milhões.
Revista D Marília / Por Alessandro Di Lorenzo do Olhar Digital / As informações são do UOL.
