Em declaração a jornalistas na Grã-Bretanha, Brad Smith falou sobre alegações relacionadas a um avanço perigoso em IA
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Uma “super” inteligência artificial (IA) não deve aparecer nos próximos 12 meses. Na verdade, esse tipo de tecnologia pode estar a décadas de distância. É o que disse o presidente da Microsoft, Brad Smith, nesta quinta-feira (30), segundo a agência de notícias Reuters.
Uma reportagem da agência revelou recentemente que a destituição de Sam Altman, cofundador da OpenAI, do cargo de CEO da empresa ocorreu logo após pesquisadores alertarem a diretoria sobre uma descoberta potencialmente perigosa, que poderia ter ameaçar a humanidade.
O alerta veio por meio de uma carta, que se referia ao Q* (“Q Star”), um novo modelo de IA, demonstrado internamente OpenAI, capaz de resolver problemas simples de matemática. A princípio, isso pode não parecer importante. Mas, para os pesquisadores envolvidos, representa um passo em direção à criação de uma inteligência artificial geral (IAG). Ou uma “super IA”, se preferir.
‘Super IA’: o que diz o presidente da Microsoft
Em declaração a jornalistas na Grã-Bretanha, Brad Smith refutou alegações sobre um avanço perigoso. Ele disse:
Não há absolutamente nenhuma probabilidade de vermos essa chamada IAG, na qual os computadores são mais poderosos que as pessoas, nos próximos 12 meses. Isso vai levar anos, se não muitas décadas. Ainda acho que é hora de focar na segurança.
Fontes indicaram à agência de notícias que o alerta à diretoria da OpenAI foi um dos vários fatores que levaram à demissão de Altman, além de preocupações com a comercialização de avanços sem avaliar adequadamente seus riscos.
Quando questionado se tal descoberta contribuiu para a remoção de Altman, Smith respondeu: “Não acredito que esse seja o caso. Havia, obviamente, uma divergência entre a diretoria e outros, mas não foi fundamentalmente sobre uma preocupação como essa.
Smith destacou a importância de sistemas de segurança em IA, comparando-os a freios de emergência em elevadores, disjuntores elétricos e freios de emergência em ônibus, enfatizando a necessidade de manter o controle humano sobre sistemas de IA avançados.
Pedro Borges Spadoni/Olhar Digital