5G deve trazer serviços de internet muito mais rápidos

A tecnologia 5G tem alto potencial para transformar a economia e a sociedade, inclusive acelerando a disseminação da Internet das Coisas, que permitirá a conexão entre todos os tipos de dispositivos e computadores, com chances de tornar muito mais eficientes processos industriais, do agronegócio, telemedicina, gestão de cidades, etc.

Dando prosseguimento ao processo de implantação de 5G no Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abriu consulta pública acerca do edital de licitação das faixas de radiofrequência que permitirão a entrada em operação dessa tecnologia no Brasil.

Dada a relevância deste tema para toda a sociedade, grupo de trabalho formado por professores e profissionais ligados ao Fórum Brasileiro de IoT e à Universidade Presbiteriana Mackenzie produziram documento com sugestões que visam aperfeiçoar o edital de licitação e o processo de implantação de 5G como um todo.

Dentre essas sugestões, estão a ampliação das oportunidades de prestação de serviços por empresas de pequeno porte, que têm tido sucesso em levar conectividade em banda larga fixa para áreas de menor interesse econômico, que não atraem grandes operadoras, o que beneficia regiões remotas.

O grupo de trabalho também recomendou o aproveitamento de experiências que tiveram sucesso em outros países, como Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos – dentre essas experiências, a disponibilização de frequências para implantação de redes privadas, que tem fomentado inovações e trazem ganhos de produtividade para os setores acima mencionados, entre outros.

As redes privadas são consideradas particularmente interessantes em cenários de aplicações especializadas, que usualmente não são compatíveis com os níveis de serviço ou os modelos econômicos característicos das redes públicas, operadas pelas grandes empresas de telecomunicações.

Para o público em geral, 5G deve trazer serviços de internet muito mais rápidos. Sua implantação em nosso país sofre atrasos em função de diversos fatores, o que pode contribuir para a queda de competitividade de nossas empresas.

Vivaldo José Breternitz é doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, professor de Planejamento Estratégico e Sistemas Integrados de Gestão da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Claudio A. Violato, graduado em Engenharia Elétrica pala Universidade de Brasília, é diretor do Fórum Brasileiro de IoT.

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Implantação do 5G no Brasil dá mais um passo