*Por Ricardo Maravalhas
Assim como em outras áreas, temos observado mudanças significativas no papel dos profissionais de RH dentro das empresas. Suas atividades, que antes tendiam mais para o lado administrativo e operacional, hoje têm sido cada vez mais estratégicas, com impacto direto no desenvolvimento dos colaboradores e, consequentemente, no crescimento da companhia.
Em um mundo cada vez mais orientado por dados, não podemos deixar de discutir o papel importante que esses especialistas têm quando falamos em gestão de dados pessoais de uma corporação. Costumo dizer que o RH é o coração de um negócio e é exatamente ali que se tem em mãos uma quantidade enorme de informações que, se bem manuseadas, geram diversos benefícios não só para o negócio em si, mas para todos no ambiente corporativo.
Após a Lei 13.709/2018, mais conhecida como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), entrar em vigor no território nacional, há uma preocupação maior das empresas em como realizar uma boa Governança de Dados de forma estratégica, além de evitar problemas com sanções legais e multas pelo descumprimento do que foi estabelecido em Lei. Diversas empresas têm investido em uma área de tecnologia especializada dentro de suas estruturas, ou por meio da contratação de startups, que oferecem o serviço com profissionais especializados em cuidar de como os dados pessoais devem ser tratados: com transparência, segurança e prestação de contas.
No dia a dia dos RHs, por exemplo, a coleta de dados acontece por meio de tecnologias como a Inteligência Artificial, que têm sido utilizadas tanto para os processos de recrutamento e seleção para a busca de profissionais mais aderentes às vagas, quanto para avaliação de desempenho dos colaboradores de maneira individual. A IA permite a implementação de treinamentos personalizados de acordo com as necessidades específicas de cada um, proporcionando feedbacks mais embasados e direcionados. Além disso, pode trazer outras formas mais comuns de coleta de dados, como por exemplo, para folha de pagamento, concessão de benefícios, exames médicos periódicos, dentre outros.
Por meio de análises e estatísticas, é possível também compreender, de forma mais precisa, o comportamento dos colaboradores em uma companhia. Com base nos dados analisados, o RH pode traçar estratégias mais assertivas para a gestão dos funcionários. Esses pontos são essenciais para o desenvolvimento estratégico dos profissionais e estão diretamente relacionados ao crescimento da empresa.Apesar de serem ferramentas tecnológicas essenciais nas companhias atualmente, todo o processo de coleta e análise de dados dos colaboradores deve estar em conformidade com a LGPD. Seja com estrutura interna ou externa, as corporações têm a responsabilidade de assegurar que todas as práticas estejam alinhadas com as regulamentações de proteção de dados e que todo o processo seja transparente.
Ao estar de acordo com a Lei, as empresas não somente evitam futuros problemas, como também conquistam mais credibilidade e respeito, tanto dos colaboradores quanto perante o mercado em que estão inseridas, como investidores e clientes, sendo como uma grande aliada estratégica.Por fim, fazer a gestão de dados não é tarefa fácil, mas, se bem desenvolvida, traz inúmeros benefícios para as empresas. Por meio dessa gestão, é possível traçar estratégias de melhoria mais assertivas e contar com o respaldo necessário de especialistas para implementá-las, garantindo um ambiente de trabalho melhor e mais propício para o bem-estar dos colaboradores e respeito à privacidade de dados.
Ricardo Maravalhas é fundador e CEO da DPOnet, empresa com mais de 3000 clientes, que nasceu com o propósito de democratizar, automatizar e simplificar a jornada de conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) por meio de uma plataforma SaaS completa de Gestão de Privacidade, Segurança e Governança de Dados, com serviço de DPO embarcado, atendimento de titulares, que utiliza o conceito de Business Process Outsourcing (BPO) e IA integrada (DPO Artificial Intelligence).