Dispositivo pode auxiliar pessoas com doenças que afetam os ossos, por exemplo (Imagem: Divulgação/Bioservo)

Dispositivo visa tornar rotina de pessoas com doenças ósseas ou mobilidade reduzida mais fácil

Algumas doenças são conhecidas por enfraquecerem os ossos, como artrite, artrose e osteoporose. Isso torna tarefas diárias, como cozinhar, regar as plantas ou até descascar frutas, um desafio. Uma nova luva robótica quer ser a solução para facilitar esse tipo de atividade. A novidade foi batizada de Carbonhand e já está à venda nos Estados Unidos.

Luva robótica não é novidade

A luva robótica é criação da Bioservo para fortalecer a pegada humana. O objetivo é prevenir o estresse de ossos e articulações em tarefas repetitivas do a dia a dia, podendo ser usada em casa, para atividades diárias, ou em reabilitação.

Ideia de luva robótica não é nova (Imagem: Divulgação/Bioservo)

O trabalho, porém, não é tão recente assim:

  • Tudo começou no laboratório de Mecatrônica do Instituto Real Sueco de Tecnologia. A Bioservo foi fundada em 2006 para produzir a luva robótica comercialmente;
  • Em 2016, a tecnologia RoboGlove, criada em parceria com a NASA, foi licenciada pela General Motors (GM) para a companhia;
  • Isso levou ao sistema Ironhand em 2018. Ele foi descrito pelo New Atlas como “o primeiro sistema de fortalecimento muscular robótico macio do mundo”;
  • A intenção era combater lesões por esforço e dar suporte aos trabalhadores de fábrica, reduzindo o impacto das tarefas diárias;
  • A Carbonhand da Bioservo também é luva robótica, mas com proposta diferente. Ela pode ser usada para agarrar ou segurar objetos e ajudar pessoas com doenças que enfraquecem os ossos ou com mobilidade reduzida a realizar tarefas com mais independência.
Disponibilidade da luva robótica foi ampliada nos EUA (Imagem: Divulgação/Bioservo)

Veja como a luva funciona
A Carbonhand tem sensores de pressão em cada luva. Eles enviam sinais para um sistema de controle, que ativa motores para dar ajuda extra na hora de segurar objetos com firmeza.

Então, os motores do sistema puxam os tendões artificiais da luva para criar pegada natural que segue o movimento da mão. A força aplicada é de até 20 newtons por dedo.

A luva robótica deixa o indicador e o mindinho descobertos e os outros três dedos cobertos. Há também dispositivos extras que ajudam a manter o cabeamento no lugar e que podem ser acoplados no braço ou na cintura do usuário, bem como um aplicativo para controlar a invenção. Veja a luva em ação:

Luva robótica já está disponível (mas não no Brasil)
Inicialmente, a Bioservo lançou o sistema Carbonhand para pacientes na Suécia, Noruega e Alemanha. Recentemente, ela chegou aos Estados Unidos, mas com disponibilidade apenas para veteranos de guerra. O primeiro paciente foi John Lamb, veterano de Montana (EUA) que tem miosite por corpos de inclusão, que causa fraqueza muscular.

Agora, a luva está à venda para qualquer paciente que preencha um formulário online. Depois desta etapa, um especialista entra em contato para avaliar o caso e iniciar o processo de transição. O preço da luva robótica não foi revelado.

Por Vitoria Lopes Gomez / Fonte: Olhar Digital

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