Lançado no fim do ano passado, o Chat GPT se tornou um dos principais tópicos de discussão no mundo tech no início de 2023. O algoritmo baseado em Inteligência Artificial basicamente se alimenta de informações da internet para fornecer respostas baseadas no cruzamento e padronização dos dados coletados.
A grande diferença entre o chatbot e os buscadores tradicionais como o Google, Bing e Yahoo está na capacidade de contextualização das respostas, sendo o Chat GPT capaz de elaborar textos, poesias, letras de músicas, contos e códigos de programação.
A ferramenta que é tendência mundial promete ter ainda mais impacto no Brasil devido ao alto número de buscas que os usuários do país fazem. De acordo com um estudo realizado pela plataforma Cuponation, os internautas brasileiros estão em segundo lugar no ranking mundial de buscas no Google.
“Toda nova tecnologia possibilita um novo mundo de possibilidades a se explorar, mas não podemos deixar de exercitar nosso campo intelectual, pois o conjunto destes elementos permite a construção de novas utilidades e melhorias no uso da ferramenta”, explica João Gabriel, head de tecnologia e Top Voice do LinkedIn.
Com intenso apoio da Microsoft, a Open AI, criadora do Chat GPT, iniciou o processo de integração da ferramenta ao Bing, navegador da empresa norte-americana, o que promete transformar o modo como se buscam informações. Além disso, outras gigantes do mundo tech, como Facebook e Google, iniciaram a construção de programas que sejam rivais do famoso chatbot.
Chat GPT reacende debate sobre plágio e futuro das profissões
O “boom” provocado pela ferramenta trouxe à tona novas discussões sobre plágios, principalmente acadêmicos e o futuro de profissões que podem vir a ser substituídas.
A possibilidade de criar textos inteiros faz com que o Chat GPT substitua o trabalho intelectual dos alunos ao produzir conteúdos, porém, escolas e universidades ainda tentam entender como identificar este tipo de uso e principalmente se a ação se caracteriza como plágio, já que o trabalho é gerado por algo e não por alguém.
No campo das profissões, funções como atendimento ao cliente já caminham para um futuro onde robôs ocuparão boa parte do espaço mercadológico antes destinado a humanos. De acordo com um estudo da Gartner realizado em 2022, é previsto que os chatbots sejam a principal forma de atendimento ao cliente para 25% das empresas até 2027.
Jornalistas, programadores, professores e designers gráficos também estão atentos aos desdobramentos das possibilidades oferecidas pelo sistema, pois muitas das suas utilidades desempenham papel semelhante aos destes profissionais.
“Naturalmente, algumas profissões terão que passar por adaptações, mas a ferramenta nasce mais para ser uma aliada de programadores, jornalistas e outros profissionais que tenham contato com a mesma do que para substituí-los”, conta João.
O Chat GPT, que está apenas nos meses iniciais de introdução ao uso em sociedade, promete trazer ainda mais mudanças para o modo como as pessoas utilizam a internet e com seus mecanismos de busca tradicionais, podendo se tornar no futuro um dos essenciais adventos tecnológicos do século XXI.
Sobre O Matuto Programador
Top Voice do Linkedin, João Gabriel é head de tecnologia na Ideen. Formado em Sistemas da Informação pela Fundação Santo André e em Big Data – Inteligência na gestão de dados pela escola Politécnica da USP, possui mais de 14 anos de experiência na área. Atualmente é seguido por mais de 90 mil pessoas no Linkedin, além de conduzir o podcast 404 no Youtube e ser fundador da Compass Tech, empresa de recrutamento de tecnologia.