O CEO e cofundador da Meta voltou a vender ações da big tech após suas ações valorizarem quase 200% em 2023

O CEO e cofundador da Meta, Mark Zuckerberg, vendeu ações da big tech pela primeira vez em dois anos. A venda – a primeira desse tipo desde novembro de 2021 – vem após a gigante das redes sociais se recuperar rapidamente de um 2022 tumultuado.

Para quem tem pressa:

  • Mark Zuckerberg, CEO da Meta, vendeu ações da empresa pela primeira vez desde novembro de 2021;
  • Após um 2022 tumultuado, as ações da Meta se recuperaram significativamente em 2023, com um aumento de 172% até o final de novembro, superando o desempenho de muitas grandes empresas de tecnologia nos EUA;
  • Zuckerberg tem vendido ações da Meta ao longo da última década, mas parou em 2022 – período no qual a big tech teve resultados trimestrais desfavoráveis e declínio no valor das ações;
  • Zuckerberg e sua esposa, Priscilla Chan, comprometeram-se a doar 99% de sua fortuna para fins filantrópicos.

Entidades associadas a Zuckerberg, incluindo aquelas dedicadas a doações caritativas e políticas, venderam aproximadamente 682 mil ações, avaliadas em quase US$ 185 milhões (aproximadamente R$ 913 milhões), em novembro, conforme revelado pela Bloomberg nesta segunda-feira (04), com base em documentos regulatórios.

Meta em 2023

Meta
(Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

O valor das ações da Meta cresceu expressivamente, com um aumento de 172% até o final de novembro de 2023, ultrapassando o desempenho da maioria das grandes empresas de tecnologia dos EUA, exceto a Nvidia (que está na liderança, mas seus rivais preparam ataque). Esse crescimento beneficia os investimentos de Zuckerberg fora da Meta, que incluem capital de risco, pesquisa científica e investimentos com impacto social.

Zuckerberg tem histórico de vender ações da Meta ao longo da última década. Porém, em 2022, não realizou nenhuma venda. Neste mesmo período, a big tech teve resultados trimestrais desfavoráveis e declínio significativo no valor das ações – o pior desde a oferta pública inicial da empresa, em 2012.

As ações da Meta estão se aproximando dos valores recordes alcançados em 2021, época em que Zuckerberg e a Chan Zuckerberg Initiative, sua fundação de caridade, venderam mais de US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões) em ações. Atualmente, Zuckerberg possui cerca de 13% da Meta, formando a maior parte de sua fortuna avaliada em US$ 117,7 bilhões (R$ 581 bilhões).

Zuckerberg e sua esposa, Priscilla Chan, comprometeram-se a doar 99% de sua fortuna para fins filantrópicos, focando em questões como igualdade e pesquisa médica. A maior parte das recentes vendas de ações foi realizada pela fundação Chan Zuckerberg.

Destinações e aplicações

Uma parcela menor dessas vendas, cerca de US$ 19 milhões (R$ 94 milhões), foi destinada ao braço de advocacia da Chan Zuckerberg Initiative, que financiou iniciativas para mobilizar eleitores e promover a reforma imigratória.

Em 2023, a fundação comprometeu-se com US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão) para estabelecer um centro de pesquisa biomédica em Chicago e também apoiou projetos relacionados à habitação na área da Baía de São Francisco e ao treinamento de desenvolvedores de software na África.

Fundada em 2015 e sediada em Palo Alto, Califórnia, a Chan Zuckerberg Initiative possui ativos líquidos de cerca de US$ 6,3 bilhões (R$ 31 bilhões). As ações da Meta valorizaram mais de 200% desde o compromisso do casal, há oito anos, de doar a maior parte de sua fortuna.

Pedro Spadoni/Olhar Digital

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Mark Zuckerberg volta a vender ações da Meta após dois anos
Foto: Frederic Legrand - COMEO/Shutterstock