* Por Lucenildo Lins de Aquino Júnior

 Uma das grandes satisfações de se trabalhar na área de Tecnologia e Telecom é que estamos na vanguarda das inovações. O nosso pensamento está em trazer sempre o que os outros chamam de futuro para o que chamamos de agora, abrindo caminho para novas possibilidades e fazer aquilo que ainda não foi feito.E, recentemente, antecipamos bem no final deste ano um salto que muitos só vão dar no futuro. Conseguimos alcançar um feito que ainda não havia sido conquistado nas rotas submarinas entre o Brasil e Sul da Flórida, ampliando o leque de serviços e possibilidades.
A Angola Cables terminou um importante upgrade no Monet, seu cabo submarino que liga o Brasil aos Estados Unidos, partindo de Boca Raton, na Flórida, passando por Santos, no Estado de São Paulo, e aterrando no nosso Data Center, o AngoNAP Fortaleza, no Ceará. Agora, estamos colhendo os frutos dessa atualização.
Após diversos testes e aprimoramentos, conseguimos entregar aos nossos clientes a interface de 400 Gbps, conquistando o feito de sermos a primeira empresa no Brasil a ofertar esse tipo de velocidade em nossas três rotas do Cabo Monet (São Paulo – Fortaleza, Fortaleza – Miami e São Paulo – Miami).De forma simples, isso significa que podemos transportar muitos mais dados por segundo, sem haver a necessidade de fragmentá-los ou dividi-los, saindo das tradicionais bandas de 10 Gbps, 25 Gbps e 100 Gbps.
Em uma analogia, deixamos de ser uma estrada que tinha capacidade de passar apenas 100 carros por segundo, para virarmos uma mega rodovia capaz de suportar 400 veículos por segundo.É fato que isso vai beneficiar não só os clientes da Angola Cables, mas também toda a cadeia de Tecnologia e de Telecom do País. Com uma capacidade de tráfego de 400 Gbps, permitimos que o Brasil possa trabalhar com serviços de ponta, que demandam tráfego rápido e eficiente, com baixa latência e segurança nas diversas camadas de aplicação.
Serviços como o IoT (Internet das Coisas), 5G, Oracle, Aplicações SAP, Sales Force, dentre muitas outras, agora estão ao alcance de canais largos para a replicação de suas bases de dados volumosas em clouds públicas como AWS, Azure, Google Cloud e outras.
Tudo isso, com conquistas não só tecnológicas e de inovação, mas também sociais e ambientais, trazendo para esse nosso nicho os pilares do ESG (Environmental, Social, Governance).
Para se ter uma ideia, quando falamos em Data Centers e tráfego de dados em interface 100 Gbps, essas, por exemplo, consomem em média de 77 Watts/h de energia. Se formos usar quatro portas de 100 Gb, que poderia se equiparar a nossa nova porta cliente de 400 Gbps, teríamos um consumo de 308 Watts/h.
Contudo, justamente por termos uma largura de banda maior, com apenas uma porta, conseguimos reduzir esse consumo para apenas 184 Watts/h. É como se, em nossa mega rodovia, gerássemos cerca de 60% menos poluições.Ao analisarmos esta nova possibilidade, não consigo negar a satisfação de podermos trafegar nessa nova rodovia de inovação e tecnologia a 400 Gbps, abrindo este caminho de inovação e pioneirismo para que o setor de Telecom e Tecnologia no Brasil cresça, acelere ainda mais e se beneficie com a Angola Cables de uma força constante de pesquisa, inovação e desenvolvimento.O Futuro para nós é chegar lá, agora. #deepconnection 

* Lucenildo Lins de Aquino Júnior é Líder de Engenharia da Angola Cables

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O Futuro é agora, a 400 Gbps, abrindo caminho para uma nova era de conectividade. Entenda!