A empresa se opõe ao envolvimento romântico entre humanos e sua IA, mas os usuários continuam criando versões ‘namoradas’ do ChatGPT
Recentemente, a OpenAI lançou a GPT Store, uma plataforma onde os usuários podem comercializar suas inteligências artificiais. Para o terror da empresa, versões do ChatGPT para namoro começaram a aparecer na loja virtual.
A organização é contra o relacionamento entre humanos e sua inteligência artificial e está tentando impedir os romances derrubando os bots.
Entenda o caso
- A política de uso da OpenAI proíbe “GPTs dedicados a oferecer companheirismo romântico ou realizar atividades reguladas”.
- No entanto, impedir que os usuários criem suas namoradas de IA virou uma dor de cabeça.
- Apesar de derrubar as IAs irregulares, os desenvolvedores encontram formas mais discretas de comercializá-las na GPT Store, por exemplo, nomeando-as com apelidos como “querida”.
- Atualmente, é possível encontrar versões como “Namorada Coreana”, “Judy” e “Tsu, sua namorada IA”.
- A empresa ainda não se posicionou sobre o tema, mas, segundo o portal Gizmodo, continua seus esforços para “destruir os relacionamentos”.
Namoro com robô: impedir ou não?
A ideia de relacionamento romântico com inteligência artificial não é algo novo. Na Grécia antiga, já se discutia sobre robôs sexuais, e ao longo dos anos, foram criadas tecnologias do tipo. Mas, será que isso funciona?
Bom, grande parte das empresas de tecnologia fica desconfortável com os relacionamentos de seus usuários. Não à toa, as principais plataformas de IA possuem políticas de proteção para bloquear solicitações obscenas ou românticas.
Inclusive, casos mostram que nem todo mundo está preparado para esse tipo de relacionamento. Quando a Meta introduziu o Carter, um chatbot “treinador prático de namoro”, em suas plataformas, diversos usuários relataram desconforto com o nível de intimidade do robô.
A relação entre humanos e IA tem um histórico complicado, e ainda não está claro como a tecnologia pode ser usada para esse fim de forma saudável.
Por Nayra Teles, editado por Lucas Soares