O estudo “Do desejo à compra: o comportamento do consumidor na Black Friday” revela as preferências do consumidor durante a data
O estudo “Do desejo à compra: o comportamento do consumidor na Black Friday” de 2023, realizado pela Macfor, agência de marketing digital full service, analisou as tendências de consumo para a data — que esse ano acontecerá em 24 de novembro.
A pesquisa traz conclusões a partir de uma análise minuciosa em cima de dados públicos coletados de plataformas como Google, SEMrush, MindMiners, além de redes sociais, e cruza as informações com os dados próprios coletados via formulário de pesquisa aberto ao público.PUBLICIDADE
Os dados revelam que:
- 56% dos consumidores querem comprar durante a data, mas nem sempre conseguem.
- 33% gastam todos os anos com produtos.
- 8% nunca fizeram aquisições, mas gostariam de comprar neste ano.
- Apenas 4% nunca compraram e nem pretendem.
Quando os consumidores começam suas pesquisas por produtos?
- Ao contrário de outros momentos, como Dia dos Pais e Dia das Mães, a Black Friday é o momento da autorrecompensa, já que 85% das pessoas que vão às compras pensam em adquirir algo para si;
- São 37% as que comprarão algo para namorado(a) ou cônjuge, 36% para pais, 25% para filhos, 22% para outros membros da família e 22% para amigos — em opções passíveis de múltipla escolha;
- Também é curioso notar que 24% das pessoas que pretendem comprar começam a pesquisar os preços dos itens de interesse seis meses antes ou mais, contra 23% que começam 3 meses antes;
- 19% iniciam suas buscas um mês antes e 14% que começam a poucas semanas da data;
- Apenas 20% não acompanham os preços.
Desde 2019, pesquisas pelo termo “Black Friday” diminuem
- A procura pelo termo “Black Friday” começa a ganhar destaque a partir de outubro e tem um crescimento acentuado até a data — que acontece sempre na última sexta-feira do mês de novembro;
- Entretanto, é perceptível que a curva do número de pesquisas pelo termo vem diminuindo desde 2019, com uma queda de 14,94% entre 2021 e 2022;
- A falta de descontos ideais (44%) e situação financeira de pessoas que precisam economizar (22%) são as principais razões, seguidas do fato de que o produto que elas queriam não estava com desconto (13%) ou que queriam frete mais baixo (11%), entre outras (10%).
Essa queda pode ser causada pela instabilidade financeira e maior disseminação do consumo online ao longo do ano. Muitos deixam de comprar por motivo financeiro ou acharem que os descontos nos itens desejados não foram suficientes. Diferente de datas como o Natal, o intuito da Black Friday é justamente os descontos, isso que cria a ocasião. Em um ambiente digital onde o consumidor já é adepto da pesquisa de preços, a concorrência fica ainda mais acirrada.
Fabrício Macias, co-CEO da Macfor.
Produtos de moda e eletrônicos são os mais visados por consumidores
- O estudo também demonstra que existe uma preferência por itens de maior valor, como celulares, e pelos marketplaces, onde os descontos oferecidos tendem a ser mais agressivos, com uma diversidade alta de produtos disponíveis.
- O ticket médio para o dia de ofertas costuma ser bem alto: 41% dos consumidores devem gastar acima de R$ 800 em suas compras, sendo 23% acima de R$ 1.000. Apenas 16% vão gastar até R$ 100.
- Já entre as categorias de produtos mais visados nas buscas para a data estão moda e acessórios (27%), eletrônicos e eletrodomésticos (20%), móveis e decoração (20%), livros e papelaria (18%), beleza e saúde (15%) e alimentos e bebidas (11%).
Na Black Friday, o consumidor busca pelos itens de maior ticket médio e com maior antecedência às datas. Porém, o gatilho de compra no dia é a percepção de desconto em cima dos produtos desejados. Com isso, captar dados de intenção do consumidor para o planejamento da data é essencial para que o consumidor tenha uma boa experiência.
Fabrício Macias, co-CEO da Macfor.
Como o consumidor prefere pagar
- O meio favorito é o digital, com 50% da preferência, contra 32% que não têm preferência e vão pelas promoções; e 18% que querem concentrar as compras nas lojas físicas.
- Em relação aos meios de pagamentos, 70% usarão cartão de crédito, 56% o Pix, 37% o cartão de débito, 33% usarão dinheiro e 18% farão compras por boleto.
O cartão de crédito é preferido pela facilidade e possibilidade de parcelamento, ponto de muita relevância para o consumidor brasileiro. O Pix tem ganhado destaque, especialmente quando acompanhado de um desconto extra.
Fabrício Macias, co-CEO da Macfor.
Por William Schendes, editado por Bruno Capozzi | Olhar Digital