Gôndolas são fixadas em cabos flexíveis e operam de forma autônoma, conforme necessidade do cliente

Um projeto-piloto está testando um sistema de transporte inédito sob demanda em Queenstown (Nova Zelândia). A experiência se assemelha a um teleférico e busca facilitar o deslocamento em grandes cidades de forma vertical, sem escalas.
Batizado de Whoosh, o transporte foi desenvolvido para passageiros e mercadorias. As gôndolas são fixadas em cabos flexíveis e operam de forma autônoma, portanto, podem navegar por uma rede modular conforme a necessidade do cliente.
“Viajar em uma via exclusiva elimina os riscos da autonomia na superfície, criando uma rede de veículos elétricos seguros de alto rendimento, com baixa necessidade de energia e zero emissões”, diz a empresa.

- Como funcionaria o “teleférico”?
- O passageiro pode reservar a viagem usando máquinas de venda de bilhetes ou aplicativo;
- A partir daí, o sistema vai enviar instruções para a gôndola disponível mais próxima, selecionando a rota mais eficiente;
- Os pontos de parada seriam colocados em locais estratégicos, segundo a empresa, localizadas no nível do solo, elevadas ou enxertadas em ambientes urbanos densos com a capacidade de se integrar diretamente com edifícios;
- “Podemos cruzar um rio, uma ponte, uma rodovia. Não precisamos encaixar corredores rodoviários existentes. Podemos ter uma rede que corre ao longo do topo dos edifícios — um de nossos clientes no exterior está procurando conectar telhado a telhado entre cerca de dez hotéis que ele tem”, contou Chris Allington, fundador e CEO da Whoosh, ao New Atlas.

Projeto-piloto
O teste está sendo realizado no distrito de Remarkables Park, um dos principais destinos turísticos da Nova Zelândia. A cidade abriga 40 mil habitantes e foi construída para desenvolver a região de Queenstown, com residências, resorts e áreas de varejo.
De acordo com a Whoosh, a cidade — que recebe 3,5 milhões de turistas por ano — vem sofrendo com problemas no fluxo do trânsito. “A Whoosh está ajudando o Remarkables Park a planejar a redução de congestionamentos e emissões, melhorar a mobilidade e economizar dinheiro.”
Por enquanto, o veículo em experimento pode comportar até cinco pessoas. Futuramente, a empresa quer ampliar o uso do protótipo focado em serviços de logística. A velocidade média de cada gôndola deve ser de 40 km/h.
Fonte Olhar Digital