Felipe Cotrim/VEJA.com

Depois de o Metrópoles revelar que a primeira-dama Janja e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, pegaram carona num jato da FAB solicitado pelo chefe da Justiça, Ricardo Lewandowski, neste mês, para viajarem para São Paulo, o ministro da Defesa, José Múcio, deu uma entrevista ao mesmo portal em que falou da penúria das Forças Armadas no governo Lula.

Segundo ele, falta dinheiro para abastecimento de aeronaves em geral, incluindo as próprias caças da Aeronáutica. “Nós precisamos de combustível e de dinheiro para manutenção de equipamentos que foram comprados com erário público. Nós temos caças parados, aviões de combate parados”, disse Múcio.

Janja explicou que pegou carona no jato da Força Aérea para ir ao ginecologista em São Paulo. Como o ministro Lewandowski havia solicitado o avião e existia espaço no voo, ela passou. Os ministros do STF também podem pegar carona nos aviões oficiais, já que enfrentam ameaças constantes.

Múcio, ao revelar a situação precária das Forças Armadas no governo Lula , disse que atua para tentar aprovar no Congresso uma lei que transforma o orçamento militar uma questão de Estado, com reserva constitucional assegurada de 2% do PIB.

“A gente precisa despolitizar a relação. As Forças Armadas são do Estado brasileiro. A gente precisa ter uma Defesa digna, do jeito que o Brasil merece”, disse Múcio.

Batizada de “PEC da Previsibilidade”, uma proposta de Múcio cita países da Otan, que destina pelo menos 2% do Produto Interno Bruto para a compra de armamento. Segundo o ministro, o Brasil perde tempo em não priorizar o setor militar no momento em que o planeta enfrenta uma escalada nos conflitos armados.

Fonte: Veja 

Fonte Diário Brasil

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Ministro de Lula diz que caças da FAB não voam por falta de combustível