
Durante o congresso Intelligence Without Meaning or the Meaning of Artificial Intelligence?, realizado na Pontifícia Universidade Urbaniana e no Parlamento Italiano, entre os dias 17 e 20 de novembro, o assessor de desenvolvimento do cooperativismo da Sicredi Centro Oeste Paulista, Marcello Zanluchi, levou ao Vaticano uma pauta que ultrapassa o debate tecnológico: a força transformadora da educação quando aliada à cooperação.
O evento, promovido pela Fundação Pontifícia Scholas Occurrentes, reuniu representantes de mais de 150 universidades e instituições, além de diversos países, para discutir o papel da inteligência artificial e, sobretudo, seus impactos na formação humana.
Marcello mantém uma relação longa com as áreas educacional e de comunicação do Vaticano. Essa proximidade possibilitou sua presença em encontros anteriores, como o de 2018, quando apresentou o Programa A União8 Faz a Vida (PUFV) pela primeira vez ao público da Santa Sé, na ocasião tendo apresentado o Sicredi, o cooperativismo de crédito brasileiro e seus impactos nas comunidades para o Papa Francisco. Agora, em 2025, retorna para compartilhar a implantação da metodologia em um dos contextos mais desafiadores do mundo: o Haiti.

A agenda no Vaticano incluiu um encontro privado com o Papa Leão XIV. Marcello apresentou ao pontífice a atuação do Sicredi, o cooperativismo de crédito no Brasil e os resultados do Programa A União Faz a Vida — principal programa de responsabilidade social da instituição. Também entregou ao Papa uma abelha de pelúcia, mascote e símbolo do PUFV, e um exemplar do livro Olhares sobre a Educação: a dinâmica do Programa A União Faz a Vida (PUFV) na contribuição para o alcance dos ODS da Agenda 2030, comprovando a contribuição do programa para o ODS 4 (Educação de Qualidade).
O Papa demonstrou profundo interesse, especialmente diante dos números do programa e do impacto social alcançado. Ressaltou a relevância do trabalho educacional baseado em cooperação, cidadania e metodologias ativas, e reforçou a necessidade de ampliar essa atuação para regiões vulneráveis.
“O conselho do Papa Leão para o Programa A União Faz a Vida foi simples e poderoso: continuem, porque as crianças e os educadores precisam da boa educação para construir um mundo de paz, de justiça, de fraternidade, de cooperação e de cidadania”, observou Marcello.
O Programa A União Faz a Vida no Haiti: educação em meio à reconstrução
O PUFV chegou ao Haiti há cinco anos, em meio ao processo de reconstrução do país após o terremoto e à dura realidade marcada por violência, atuação de gangues e severas limitações de infraestrutura. A metodologia é aplicada na capital Porto Príncipe, na escola Institution Sacre Coeur de Jésus, mantida pelo Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, com apoio de uma coordenação local comprometida e assessorias pedagógicas realizadas do Brasil — atualmente de forma totalmente online, devido ao fechamento dos aeroportos haitianos.
Mesmo com desafios como internet instável e dificuldade de deslocamento dos professores, o programa segue vivo. Ao longo desses cinco anos, mais de 25 docentes foram habilitados na metodologia, sob a assessoria pedagógica do formador nacional do PUFV, Prof. Dr. Silvio Munari, impactando cerca de 300 crianças. Já são quase 30 projetos desenvolvidos em áreas como saúde, alimentação, comunicação e cidadania — entre eles, uma iniciativa criada pelos próprios estudantes para alertar jovens haitianos sobre os prejuízos do consumo de álcool.

Os resultados são consistentes: professores passaram a atuar como mediadores; alunos tornaram-se protagonistas, mais curiosos e mais participativos; e a comunidade se envolve intensamente na construção do conhecimento. Em todas as formações, educadores haitianos relatam que cada capacitação equivale a quatro anos de formação tradicional — um sinal da força adaptativa do programa em um ambiente de extrema vulnerabilidade.
A força de um programa que ganhou o mundo
Com mais de 30 anos de história no Brasil, o Programa A União Faz a Vida já impactou mais de 5 milhões de estudantes e 230 mil professores, consolidando-se como uma das maiores iniciativas de educação cooperativa do país. Para Marcello, apresentar esse legado no Vaticano — e agora mostrar seus frutos no Haiti — reforça a importância de compartilhar boas práticas educacionais globalmente.
A iniciativa da Sicredi Centro Oeste Paulista foi a pioneira no sistema Sicredi a expandir as atividades do PUFV para fora do país, com o apoio da Central PR/SP/RJ e da Fundação Sicredi. “O Programa A União Faz a Vida é motivo de muito orgulho para nós, pois se trata de um Programa que impacta toda a comunidade escolar e planta em quem participa a semente da cooperação e da cidadania, promovendo o envolvimento com a comunidade e gerando frutos que acompanham toda a vida de quem participa”, destaca Rogério Machado, superintendente de cooperativismo da Fundação Sicredi.
O encontro em Roma reafirma o que o Sicredi sustenta há décadas: educação, cidadania e cooperação transformam realidades. E, quando essa transformação atravessa fronteiras, o mundo passa a conhecer — e reconhecer — o potencial de um programa brasileiro que hoje inspira caminhos para uma educação mais humana, resiliente e global.
Sobre o Sicredi
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento de seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. Possui um modelo de gestão que valoriza a participação dos mais de 9,5 milhões de associados, que exercem o papel de donos do negócio. Com mais de 3 mil agências, o Sicredi está presente fisicamente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, disponibilizando uma gama completa de soluções financeiras e não financeiras.
Site do Sicredi: www.sicredi.com.br
