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Um estudo internacional usado como novo “termômetro” da concentração de renda afirma que o Brasil ficou ligeiramente mais desigual na última década — em choque com a narrativa comemorada pelo Planalto de que o país teria alcançado o menor nível de desigualdade em 30 anos.

O World Inequality Report 2026, do World Inequality Lab, sustenta que a desigualdade brasileira “permanece entre as mais altas do mundo” e que a renda se concentrou ainda mais no topo entre 2014 e 2024.

Na prática, os números expõem a distância: os 10% mais ricos passaram de 57,9% da renda nacional (2014) para 59,1% (2024). Já os 50% mais pobres caíram de 10,7% para 9,3% no período. O indicador que compara as duas fatias (topo ÷ base) também subiu, de 53,7 para 63,5.

O relatório atribui parte da divergência à metodologia: enquanto o estudo do governo/Ipea se apoia sobretudo em pesquisa domiciliar, o levantamento global combina Pnad/IBGE com dados tributários (Receita Federal) para tentar enxergar melhor a renda do topo.

Fonte: Diário Do Brasil

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Relatório global desmente Lula e aponta alta na desigualdade no Brasil