No segundo semestre do ano passado, a Anvisa aprovou modificações profundas na rotulagem nutricional dos alimentos. Mas, para conseguir entender as informações que vêm no rótulo e, principalmente, como cada ingrediente atua no organismo, é importante primeiro conhecer o que significam os termos utilizados e os componentes dessa tabela.
Algumas informações são obrigatórias nos rótulos e se você̂ souber a importância delas poderá optar por um alimento mais saudável e fará a escolha certa antes de comprar o produto.
• Porção: nem sempre é referente ao produto total, e sim à quantidade recomendada de consumo daquele alimento;
• Medida caseira: é o que aquela porção equivale em utensílios domésticos;
• %VD: é o quanto determinado nutriente, na quantidade da porção do rótulo, equivale à recomendação do consumo total diário (cuidado, ele é baseado em uma ingestão calórica diária de 2.000 kcal e nem sempre esse é o valor recomendado para você̂).
Maria Julia Coto, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), explica que uma dieta de 2000 kcal/dia é uma média do consumo calórico da população brasileira adulta saudável.
“O valor energético diário não é igual para todos e depende das necessidades energéticas estabelecidas individualmente. Assim como o valor calórico, cada nutriente tem pré-estabelecido uma quantidade diária a ser consumida, de forma que as 2000 calorias sejam bem distribuídas, sendo possível visualizar na tabela nutricional a quantidade de nutrientes que o produto vai contribuir no seu dia”, diz Maria Julia.
Fique atento na lista de ingredientes, ela está́ em ordem decrescente, ou seja, o primeiro ingrediente é o que mais tem naquele produto. Muito importante também são os nutrientes. Se for comprar um pão de forma integral, olhe a quantidade de fibras por porção e compare os rótulos antes de escolher. Outro ponto que vale destacar é que um alimento integral é diferente de um enriquecido.
“Há uma certa confusão entre os consumidores sobre as duas categorias, levando muitas vezes a uma compra equivocada. Os alimentos enriquecidos são acrescidos de algum nutriente, como por exemplo, ferro, cálcio ou alguma vitamina. Já os integrais são fabricados a partir de farinhas não refinadas, ou seja, possuem um teor de fibras maior quando comparado ao mesmo produto elaborado com a farinha refinada”, explica.
Quando se trata de produtos light e diet, devemos considerar que eles terão um teor reduzido de pelo menos um ingrediente, que pode ser o açúcar, a gordura ou o sódio, quando comparado a sua versão original.

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