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Pesquisadores da Universidade de Linköping, na Suécia, investigam uma possível terceira fase de domesticação dos cães, motivada pela preferência humana por animais de estimação mais tranquilos e sociáveis. Esta transformação pode estar associada ao aumento dos níveis de ocitocina nos cães, hormônio conhecido pela sua capacidade de fortalecer vínculos sociais. O estudo foi divulgado por veículos como Daily Mail e O Globo.
Como a ocitocina influencia o comportamento canino?
Um experimento notável envolveu 60 golden retrievers, onde se observou a interação desses cães com um recipiente impossível de abrir. Os cães que possuíam uma variação genética específica no receptor de ocitocina demonstraram maior propensão a buscar ajuda humana. Esse comportamento reforça a ideia de que a ocitocina é um fator chave na socialização canina.
Quais são as implicações da domesticação na genética dos cães?
As descobertas indicam que o processo de domesticação impactou os genes ligados às habilidades sociais dos cães. Essa mudança, vista por especialistas como uma nova onda de domesticação, destaca-se principalmente em cães de serviço. Estes são treinados para serem amigáveis e adaptativos em contextos urbanos, mostrando traços que antigamente eram menos comuns.
Brian Hare e Vanessa Woods, dois especialistas no assunto, sugerem que a transformação no papel dos cães de trabalhadores a companheiros de vida diária também influenciou sua biologia. Para eles, os cães de serviço modernos estão bem adaptados ao mundo atual, atendendo às novas exigências humanas para convivência em ambientes urbanos.
Futuro da convivência com cães: O que esperar?
A transformação em curso não altera somente a expectativa sobre a interação com cães, mas também a própria biologia canina. As demandas contemporâneas têm incentivado a criação de cães que possuam uma disposição naturalmente sociável e calma. Aqueles que antes passavam grande parte do tempo fora de casa, agora se adaptam ao ambiente doméstico.
Com essas mudanças, a convivência com os cães adentra uma nova fase onde vínculos emocionais são prioritários, e a biologia dos cães continua a evoluir para se alinhar melhor às necessidades sociais humanas. Se essa transformação representa uma evolução positiva ou não, resta observar os desdobramentos futuros nesse fascinante processo de domesticação.
Fonte: Terra Brasil