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A negociação de defensivos agrícolas para a safra 2021/22, que será plantada somente em setembro do ano que vem, já atingiu de 6% a 7% do esperado, em um movimento atípico de antecipação associado às vendas de grãos para a próxima temporada, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).

A comercialização do insumo para a safra seguinte, que deve se intensificar até o final do ano, normalmente começa em dezembro, disse à Reuters o presidente do sindicato, Julio Borges Garcia.

“Em fertilizantes (as vendas antecipadas) devem ter sido mais, mas acho que isso se intensifica (para os defensivos) agora em novembro e dezembro. Esses números devem aumentar substancialmente”, afirmou o executivo.

O Brasil, maior produtor e exportador de soja do mundo, viu sua rentabilidade saltar no mercado de grãos na esteira do dólar e firme demanda externa.

Com isso, o agricultor já iniciou vendas do grão da safra 2021/22 e, ao mesmo tempo, trava seus custos adquirindo insumos, como adubos e agroquímicos.

Em Mato Grosso, por exemplo, os produtores haviam comercializado, até o fim de setembro, 6,21% da soja e 2,03% do milho esperados para a próxima temporada, conforme levantamento mais recente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Apesar desta movimentação, Garcia ressaltou que “não é muito fácil” para que as vendas antecipadas aconteçam no mercado de defensivos. “É difícil fazer a precificação, temos que pensar no câmbio que estará no período de entrega e embutir o custo do hedge”, comentou.

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Antecipadas, vendas de defensivos agrícolas atingem 7% do total de 21/22