Foi ampliada dos atuais R$ 10 milhões para R$ 160 milhões a linha de crédito para financiar a recuperação dos cafezais com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).
A medida foi aprovada nesta sexta-feira (27) em reunião virtual do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Segundo o Ministério da Economia, a medida foi justificada pelos efeitos negativos de eventos climáticos adversos, basicamente falta de chuva e altas temperaturas, que atingiram os cafezais entre os meses de março e outubro de 2020 nas principais regiões produtoras do país, o que comprometeu a produtividade da safra a ser colhida em 2021, com possibilidade de afetar também a safra 2022.
A suplementação foi realizada mediante remanejamento de parte dos recursos destinados a linhas de operações de comercialização, financiamento para aquisição de café e capital de giro.
“Como essa linha de crédito tem por finalidade financiar a recuperação de lavouras de café danificadas por chuvas de granizo, geadas, vendavais ou outros fenômenos climáticos, a ampliação desse recurso é bastante oportuna em virtude das intempéries climáticas ocorridas nos cafezais brasileiros, sobretudo déficit hídrico”, destaca o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Silvio Farnese.
Para dar andamento à disponibilidade do crédito para os produtores o mais rapidamente possível, o Ministério da Agricultura receberá, até 4 de dezembro deste ano, demandas das instituições financeiras interessadas em operacionalizar os recursos, por meio do endereço eletrônico funcafe@agricultura.gov.br.
“É uma forma de atender a atual situação das lavouras que sofreram adversidades por causa da redução das chuvas e altas temperaturas entre os meses de março e outubro deste ano, nas regiões produtoras de café, como Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, além do Paraná”, explica Farnese. O diretor alerta que os efeitos climáticos podem comprometer a produtividade da safra 2021, e até mesmo impactar na de 2022.
Com a suplementação de recursos, será possível atender até 50 mil hectares de café atingidos pela seca, mitigando parte das dificuldades financeiras dos produtores.
