O Ministério da Agricultura liberou nesta terça-feira (24) o registro de mais 21 agrotóxicos para utilização industrial, ou seja, produtos que serão usados como matéria-prima na elaboração de pesticidas para os agricultores. Já são 364 registros anunciados neste ano.
Todos os princípios ativos são de origem química e genéricos de produtos já autorizados no Brasil.
Entre as substâncias liberadas estão 5 registros para o princípio ativo dibrometo de diquate, um herbicida que é considerado um substituto do paraquate, que foi banido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que deverá sair do mercado em julho de 2021.
O diquate foi banido da União Europeia em 2018, sendo totalmente retirado do mercado em fevereiro deste ano. O motivo é que o pesticida pode causar riscos ao aplicador, mesmo com uso de equipamentos de proteção individual, e também pode prejudicar pássaros que voam sobre a lavoura.
Nos Estados Unidos, o produto é autorizado, mas está em processo de reavaliação, que é um procedimento comum no país após longo período de registro.
Registros no ano
Ao todo, são 364 registros de novos agrotóxicos em 2020, segundo publicações no Diário Oficial da União.
Desde 2005, quando o governo começou a compilar os dados de registro de pesticidas, 2020 perde apenas para 2018 e 2019 – ano em que o país teve liberação recorde de agrotóxicos.
Até agora, são 5 princípios ativos inéditos no ano: 4 pesticidas biológicos e 1 químico.
Pela legislação brasileira, tanto produtos biológicos utilizados na agricultura orgânica quanto químicos utilizados na produção convencional são considerados agrotóxicos.