Raquel Cristina Ferraroni Sanches, natural de Fernandópolis, é casada, há 25 anos, com Carlos Sanches e mãe de dois filhos. A professora universitária se dedica à educação desde 1986 e atua como pró-reitora Acadêmica do UNIVEM há dez anos.
Cursou o magistério em sua cidade natal e chegou a Marília para frequentar Pedagogia na UNESP, instituição na qual fez, também, mestrado e doutorado. O pós-doutorado, em Democracia e Direitos Humanos, foi cursado na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (Portugal), sendo aprovada com elogios e recomendações para publicações.
A certificação é resultado de um longo trabalho de pesquisa, que permitiu aprofundamento científico, refinamento profissional e pessoal: foi a primeira mulher a alcançar pós-doutorado no UNIVEM.
A profissional já esteve envolvida com dezenas de orientações de mestrado, publicações em anais de eventos, artigos, capítulos e livros publicados, apresentações, trabalhos técnicos, participações em bancas de defesa de mestrado e doutorado, recebeu títulos e prêmios, além de participar de outras produções bibliográficas e técnicas.
Ela destaca que a produção acadêmica é muito importante, porém a contribuição qualitativa, que se reflete na conduta dos profissionais que vem ajudando a formar, é impossível de ser quantificada.
“A produção científica reveste-se de grande importância acadêmica, pois é a forma de construir novos conhecimentos, de modo a contribuir com a formação de nossos alunos e professores”. Ministrou palestra em Bogotá (Colômbia), no III Congresso Latino Americano da Paz, abordando o ensino jurídico para a promoção da paz.
“Acredito que formar cidadãos críticos, que trabalhem para superar injustiças, além de construir o domínio técnico de sua área, é como posso contribuir no âmbito da minha formação/atuação. Entendo que o exercício da profissão docente me favorece contribuir com o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e solidária”.
Graduada em Pedagogia, trabalhou em escolas e instituições de ensino renomadas, que foram pilares da formação pessoal e profissional. Construiu sua experiência docente desde a Educação Infantil, quando deu os primeiros passos na educação.
“Ser educadora é um desafio, pois se assume uma profissão pouco compreendida e pouco valorizada”. Atualmente coordena a Seção de Avaliação Institucional e o curso de Licenciatura em Pedagogia, na modalidade EaD, é docente do programa de Mestrado em Direito – stricto sensu, docente dos cursos de pós-graduação lato sensu; orientadora de dissertações de mestrado, trabalhos de conclusão de curso e de iniciação científica, além de líder do grupo de pesquisa “Reflexões sobre o Ensino Jurídico Brasileiro – ENJUR” e pró-reitora acadêmica do Centro Universitário Eurípides de Marília/UNIVEM.
“Cada uma dessas atuações nos ajudam a forjar o profissional que somos, pois são as somas das experiências que nos constroem, como seres humanos e como profissionais”.
Raquel destaca, ainda, a persistência e a dedicação, características que colaboraram para moldá-la como profissional. Em seus anos de atuação, uma conta aproximada mostra que já trabalhou com mais de 3.400 alunos diretamente.
“Indiretamente, ao longo de 17 anos atuando no UNIVEM, atuei com cerca de 20.000 alunos. Esses números são expressivos na medida em que retratam a contribuição que esses profissionais podem proporcionar à sociedade onde estão atuando, seja em âmbito local, regional ou nacional”.
Além de suas atividades educacionais, a pró-reitora no UNIVEM é, também, presidente do Comitê Mulher da Cooperativa de Crédito Sicredi, uma iniciativa que procura trabalhar atividades para a promoção da igualdade de gênero, por meio de projetos de capacitação em diferentes áreas, de modo a favorecer o fortalecimento do desenvolvimento da economia e da qualidade de vida para as mulheres.
Raquel destaca que determinação e coragem distinguem as mulheres no cenário profissional. “Atuamos surpreendendo o mundo do trabalho, pois hoje deparamos com mulheres fortes que têm a ousadia de pensar, de discordar, de contestar, de propor alternativas profissionais sociais. Dessa forma, as mulheres ocupam seus espaços e contribuem para a construção de um novo tempo”.
Recebeu o título de Cidadã Mariliense em 2018 e sobre o mesmo destaca: “Ao ter meus filhos nessa cidade ela tornou-se, para mim e meu marido, um propósito de vida: contribuir para seu desenvolvimento e crescimento. Para tanto, investimos, continuamente, na trajetória profissional, que nos exige, a todo momento, que nos reinventemos, que nos superemos!”.

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