De acordo com a organização mundial de saúde, cerca de 258 milhões de pessoas apresentam zumbido. No Brasil, estimase 28 milhões (Pinto, Sanchez & Tomita, 2010) sofram com essa condição. Em um estudo recente realizado em São Paulo, com 1960 pessoas, 22% refeririam sofrer de zumbido. A prevalência é tão significativa que a condição acabou por ganhar uma data especial – o Novembro Laranja, que realiza a Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido, visando conscientizar a população sobre a realidade preocupante do aumento de problemas do ouvido em todas as idades e motivar mais profissionais da saúde a abraçarem estas causas.

O QUE É O ZUMBIDO?
Essa condição de saúde pode ser definida como um som percebido nos ouvidos ou na cabeça sem que haja uma fonte sonora externa. Geralmente é descrito pelo paciente como: um barulho parecido com apito, grilo, chiado, cachoeira, abelha, panela de pressão, entre outros. Em um quadro normal, as vias auditivas captam a vibração dos sons gerados no ambiente e os enviam na forma de impulsos elétricos para o cérebro. O distúrbio se instala quando as vias auditivas passam a enviar impulsos mesmo sem haver uma fonte gerando o som. O grande obstáculo para o tratamento do zumbido é descobrir o que leva a essa emissão indiscriminada de impulsos, já que o zumbido em si não é uma doença, e sim um sintoma.

CAUSAS
O zumbido pode afetar indivíduos de todas as idades, mas a ocorrência aumenta com o avançar da idade e é considerada um sintoma de algum problema auditivo, ou ainda originado em outros órgãos. Dentre as possíveis causas estão as alterações metabólicas, hormonais, cardiovasculares, neurológicas, odontológicas, psicológicas, musculares e até mesmo o uso de alguns medicamentos.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
De acordo com sua origem, o zumbido pode estar associado a perda auditiva ou não. É importante que, além de uma avaliação audiológica convencional, seja realizada a avaliação do zumbido. O tratamento será prescrito com base nestas avaliações e orientações do médico otorrinolaringologista. É necessário realizar um conjunto de terapias que envolvem desde terapias de som, uso de remédios ansiolíticos ou antidepressivos, e tratar causas que podem estar desencadeando este sintoma. Além disso, terapias alternativas, como acupuntura ou técnicas de relaxamento podem ser úteis em alguns casos. Outra opção de tratamento é o uso de aparelhos auditivos, que podem trabalhar com a amplificação do som (caso haja perda auditiva associada) e com o gerador de som (ruído) para mascaramento do zumbido (com ou sem perda auditiva associada). Em todos os casos de pacientes que apresentam zumbido é importante que haja acompanhamento médico para que todas as medidas sejam tomadas em conjunto, a fim de aliviar a sensação que o paciente tem em relação ao seu zumbido.

CONTRIBUIÇÕES DO APARELHO AUDITIVO

  • Estimulação ao sistema auditivo para pacientes com perda auditiva
  • Mascaramento do zumbido com o uso de amplificação
  • Redução da sensação de estresse e fadiga associada ao esforço para ouvir. Para as pessoas com zumbido, esse estresse pode ter um impacto direto sobre a gravidade do zumbido
  • Desvio da atenção do zumbido para outros sons que exigem mais atenção do cérebro do que o zumbido.

SAIBA MAIS
A fonoaudióloga Luciana Gandra da Rocha (CRFª 2-8694) é graduada pela Unifesp – Universidade Federal De São Paulo (EPM) e é especialista em Audiologia e Prótese Auditiva pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. A AMA – Aparelhos Auditivos fica na Rua Alvarenga Peixoto, 90, Jardim Maria Izabel. Telefones (14) 3367-2022 – (14) 3367-2023 – (14) 99125-3938. www.amabauru.com.br

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