Vejamos o texto da “Pensadora” sobre o “Final de Ano“:

“Muitas pessoas, usualmente as já com algumas décadas de vida, NÃO encaram como momento para “confraternizar”, “festejar” … muitas até ficam TRISTES nesta época …

Vários são os motivos: lembranças dos que já se foram, do que se perdeu, do que já não se tem mais …

Num momento em que todos nós somos “COBRADOS” para comemorarmossermos alegresnem todo mundo pode ter motivos para comemorar.

FIM de AnoFIM de “UM CICLO“.
Tudo que “termina”, NÃO volta!
Pode haver nisto um sentido de MORTE, e não de VIDA!
Além do que, o “Fim de um Ciclo” também pode ASSUSTAR, pois, é fato inconteste que o verdadeiro FINAL está cada vez mais PRÓXIMO!

De outro lado, para o “Ano Novo”, o que vem é o “FUTURO” …
O “INCERTO” …
O “DESCONHECIDO”!
 
Os seres humanos NECESSITAM de “SEGURANÇAS”.
Esta “INsegurança” do “INcerto”, pode desestabilizar estas pessoas …
Pensam elas : o que irá acontecer daqui para frente?

Na verdade o que pensam é que isto pode ter a representatividade de  “UM ANO A MENOS“!
Simboliza tudo o que DEIXAMOS de FAZER …
Que DEIXAMOS de CONSTRUIR …
Será que o “Tempo” foi usado da melhor maneira?
Como foi o “Balanço Anual”?

Assim, cabe aos que pensam de maneira diferente, refletirem:
– Será que, nestes “Finais de Ano”, parte importante das pessoas não se “ALIENA”, e ESCONDESE atrás de comidasálcoolfestasconsumosestímulos exteriores…?

– será que VERDADEIRAMENTE NECESSITAMOS destes estímulos exteriores?

Afinal, quanto maior o nosso VAZIO INTERIOR, mais precisamos de ESTÍMULOS EXTERIORES para tentarmos tamponar o nosso interior.”
(by Rena Martinez Diaz, in 2.022)

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O fato é que, neste período, somos quase que, COMPULSORIAMENTE, impulsionados a “comemoramos” o FIM de um “ano velho” e o INÍCIO de um “ano novo“.

Depois de muitas reformas feitas pelos homens, os egípcios, por volta de 5.000 a.C. estabeleceram um ano civil de 365 dias, conservando a tradicional divisão de 12 meses de 30 dias, com 5 dias adicionais no final de cada ano. Hoje, com alterações, continua parecido.

Sem dúvida, a idéia é fantástica e genial!
Todo o desgaste dos 12 meses “renovase” em mais um ano “novinho em folha“.

Este é o “Tempo cronológico“, sequencial, que pode ser medido pela física newtoniana. Puro movimento linear das “coisas terrenas“.


Na verdade, o termo “cronológico” origina-se da palavra grega “KHRÓNOS“. Mesmo que “Khrónos” tenha sido a palavra mais difundida e comum entre nós, o que muita gente não sabe é que, esta não é a única para designar o “Tempo“.

Os mesmos gregos, para conceituar o “Tempo“, tinham mais outras duas palavras:

– “KAIRÓS“,
que refere-se a um momento indeterminado no tempo, em que “algo ESPECIAL acontece“, “momento crítico“, “nossas OPORTUNIDADES“,  e que NÃO está relacionada à escravidão do Khrónos, do “relógio”, da agitação, da correria;

– “AIÔN“,
representando um “Tempo ETERNO e SAGRADO“, de grande e intensa criatividade, onde, cronologicamente, “as horas NÃO passam“.
A teologia moderna corresponde este “Tempo” ao “Tempo de Deus“.

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Ainda no mesmo tema, por convenção, chamamos a noite da “passagem de ano” de “RÉVEILLON“.

Na sua origem, a palavra “réveillon” pertence à família do verbo “réveiller“,
e tem significado de “ACORDAR“.

Desta mesma palavra, também é integrante o substantivo “réveil” , com significado de “DESPERTAR“.

Segundo o dicionário da língua francesa “Le Petit Robert”, esta expressão aparece pela primeira vez no ano de 1762.
No princípio significava uma refeição tarde da noite.
Tempos depois passou a significar a refeição da noite de Natal, após a “Missa do galo”.
Em meados do século XX, mais uma vez mudou o seu significado, e passou a representar a refeição feita na passagem do ano.

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Teorias a parte, sabendo que os finais de ano NUNCA são iguais, que são dias apropriados para nossas “reflexões” sobre o que passou, e o que desejamos para o nosso futuro, que trazem nossas experiências, obras realizadas e emoções sentidas, não custa, nesta época, ansiarmos uma vez mais, para que todos nós, conforme os desejos de cada um de nossos corações, tenhamos um “FELIZ KHRÓNOS” (onde aprendamos a contar os nossos dias e CRESCERMOS).

Que, no próximo ano, cada um de nós, cultive sua vida interior, enriquecida com múltiplos e intensos momentos “KAIRÓS” (com significação de ALGO ESPECIAL acontecendo) , com ótimos “RÉVEILLONS” (com sentido de ACORDAR), “réveiller” e “réveil” (denotando DESPERTAR),
sempre caminhando em direção ao “AIÔN“, na eternidade!

Que o Novo Ano seja o ponto de partida de grandes descobertas e fantásticas realizações!

Que tenhamos muitas bençãosalegriassaúde, a “verdadeira felicidade” e paz!

Que o Ser Sagrado” (para os crentes e também para os “não” crentes)  nos abençoe com tudo aquilo que os nossos corações almejam, e com aquilo que realmente necessitamos!

Finalmente, que NÃO precisemos esperar mais um ano, para fazermos nossas vidas valerem a pena!

Ótima semana!

João Evaristo e família

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“FIM de ANO/ANO NOVO, será que todo mundo gosta? Artigo por João Evaristo