A insônia é a dificuldade e iniciar e manter o sono durante a noite. A prevalência vai de 5 até 50% da população investigada.
A insônia crônica caracteriza-se pela dificuldade que o paciente apresenta em conciliar e manter o sono, com repercussões nas suas atividades diurnas, sejam profissionais e sociais, no período mínimo de 3 meses.
Quando ocorre em um intervalo de tempo menor é considerada de curta duração. A frequência dos sintomas deve ser no mínimo três noites mal dormidas por semana.
Existem muitas doenças do sono que se confundem com a insônia. Não raramente, um quadro de apneia do sono pode ser confundido com insônia. Na síndrome da apneia obstrutiva do sono, além de serem observadas as características do paciente, ou seja, homens obesos e sonolentos com história de roncos noturnos, despertares de sufocamento e sono interrompido; faz o diagnóstico diferencial da insônia crônica.
Outras vezes o paciente com queixas de insônia, apresenta alterações do ritmo circadiano, que são características pela não adequação do ritmo vigília – sono no padrão de 24 horas ou ritmo social. Os principais transtornos do ritmo circadiano vigília – sono que podem confundir com insônia são o atraso de fase do sono e o avanço de fase do sono. O atraso de fase do sono ocorre em pacientes jovens que dormem tarde da noite e que tendem permanecer dormindo até mais tarde pela manhã. Dormem tarde e acordam tarde, atrapalhando escola, trabalho, etc. Esses quadros são confundidos com insônia inicial. Já no caso do avanço da fase do sono, o paciente, em geral idoso, dorme muito cedo e, consequentemente, apresenta um despertar precoce na madrugada, e esse quadro é confundido com insônia de manutenção.
Outras doenças podem ser confundidas com insônia, entre elas: alguns transtornos mentais, causadas por alguns medicamentos e substâncias utilizadas e por condições inadequadas para um sono normal ( como por exemplo : internações hospitalares )
A queixa da insônia deve ser analisada de maneira mais abrangente e sistêmica. Muitos insones apresentam modificações tanto no funcionamento cerebral como em alterações comportamentais, que culminariam em mudanças de pensamentos ( cognição ) que alterariam a verdadeira dimensão de sua doença do sono.
Os insones vivem em um estado de intenso hiperalerta, levando à situação de estresse. E esses sintomas podem se perpetuar cronicamente durante meses, anos e até mesmo durante toda a vida.
Na investigação clínica do insone se deve observar os hábitos diários de dormir e acordar, fatores precipitantes e perpetuantes do problema, roncos e apneias, investigar hábitos de celulares, tabletes na cama, claridade do quarto, temperatura, barulho, presença de crianças, animais domésticos, colchão, dos travesseiros e tv no quarto. Hábitos e horários de exercícios físicos, refeições, ingestão de álcool, cafeína e tabagismo. E também ansiedade, depressão e uso de substâncias e medicamentos.
Como exames complementares utilizam-se: diário do sono, polissonografia ( estudo do sono no laboratório do sono ), actigrafia ( estudo dos movimentos do paciente nas 24 horas ).
O tratamento da insônia é variável e individualizado de acordo com o diagnóstico, utilizando medicamentos e principalmente o tratamento, como escolha da terapia comportamental cognitiva para insônia.

SAIBA MAIS
Dra. Vera Moron Rodrigues CRM : 38792

Médica do Sono e Otorrinolaringologista
Rua José Bertonha 163 – J. Tangará T : 14-34331660 Cel : 14-99785300

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Insônia e seu Diagnóstico