Na semana em que é celebrado o Dia Mundial da Prevenção do Afogamento, 25 de julho, especialista da Pró-Saúde, entidade filantrópica de gestão hospitalar, alerta para os perigos de acidentes com afogamento entre crianças e adolescentes.
Este tipo de incidente pode ser grave e levar a óbito em um curto espaço de tempo, já que a criança aspira a água, encharcando os pulmões, o que causa asfixia e rápida perda de consciência.
“As ocorrências podem acontecer em questão de minutos, daí a importância da supervisão contínua durante o período de lazer”, destaca Renata Coutinho, médica e diretora Técnica do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), gerenciado pela entidade em Ananindeua (PA).
“Um quantitativo pequeno de água, dependendo do tamanho da criança, já pode gerar afogamento com consequências graves. Piscinas plásticas, por exemplo, que são menores, oportunizam perigos se não houver observação constante dos responsáveis”, explica a profissional.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), os afogamentos são a terceira causa de morte acidental no mundo e representam quase 8% do total de mortes globais. Dados como esse chamam atenção para a necessidade da prevenção desses acidentes.
No período das férias, quando as crianças têm mais tempo para brincar, esse cuidado deve ser redobrado. “É importante que os responsáveis mensuram os riscos de algumas atividades ou locais para a criança. Deixá-las desacompanhadas em piscinas, rios ou até no banheiro, dependendo da idade, é extremamente perigoso”, conclui Renata.
Somente nos seis primeiros meses deste ano, o Hospital Metropolitano, que é referência em traumas de diversas complexidades no Pará, já realizou mais de 100 atendimentos a crianças e adolescentes, de 0 a 14 anos, vítimas de acidentes domésticos em geral. Em todo o ano de 2021 foram 317 atendimentos. Os casos mais comuns são relacionados a quedas e atropelamentos.

Prevenção durante as férias escolares
Para alertar pais e responsáveis sobre a prevenção de acidentes deste tipo, destacamos algumas orientações simples, porém essenciais. Confira:

• Não deixe as crianças sozinhas dentro ou próximas da água, mesmo que por curto tempo;

• Não estimule que crianças nadem sozinhas, sem que realmente saibam e tenham treinado para isso;

• O uso de colete salva-vidas é fundamental para evitar acidentes;

• Se tiver piscina em casa, coloque barreira de proteção e nunca deixe as crianças sozinhas;

• Evite deixar brinquedos ou outros itens atrativos próximos a piscina ou a um reservatório de água, como na lavanderia da residência, por exemplo;

• Após utilizar baldes, bacias, banheiras ou piscinas infantis, mantenha-os vazios, virados para baixo e fora do alcance das crianças.

Em caso de acidentes acione imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

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