O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse ontem que militares deixarão cargos estratégicos do órgão após o “tempo de guerra” de enfrentamento à covid-19.
“Essas pessoas não são definitivas. Conforme a situação voltar ao normal, essas pessoas vão voltar a seus lugares e pessoas não militares vão ser colocadas”, disse o ministro em reunião de comissão da Câmara dos Deputados sobre a pandemia.
“Esse momento é de guerra. Precisa entregar para ontem um volume gigante de entregas e necessidades da sociedade”, argumentou.
A ala militar do governo Jair Bolsonaro tem emplacado nomes em cargos estratégicos do ministério de Teich. O secretário-executivo do órgão, general Eduardo Pazuello, é apontado ironicamente por gestores do SUS como real chefe da Saúde no governo Bolsonaro. Além dele, há mais de uma dezena que já recebeu posto no ministério ou deverá ser nomeado nos próximos dias.
Uma das mudanças de maior impacto é a nomeação prevista do coronel Alexandre Martinelli Cerqueira a diretor de Logística (DLOG). Cobrado mais de uma vez por deputados sobre o loteamento do ministério por nomes de fora da área da saúde, Teich defendeu as mudanças, mas afirmou que é o “líder” no órgão.