Um estudo do Instituto Trata Brasil, nomeado Painel Saneamento Brasil, apontou que o Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem) desperdiça mais da metade da sua água tratada e o faturamento também é prejudicado no mesmo percentual, 51,5%.

Os dados foram divulgados na semana passada e retratam os indicadores de 2018, ano em que foi registrada a maior taxa de desperdício de água e prejuízos econômico desde 2010 – período que o Instituto Trata analisa o desempenho dos Estados e municípios do país.

Conforme a pesquisa, a cada 100 litros de água captada e tratada para se tornar potável, aproximadamente 50 litros se perdem por conta de vazamento nas redes, fraudes, “gatos”, erros de leitura dos hidrômetros e outros problemas. A prefeitura de Marília foi procurada para comentar sobre o péssimo desempenho do Daem, mas não se posicionou sobre o assunto.

Orçamento investido

No ano de 2018, a receita direta do Daem chegou a R$ 64.663.107,15 milhões no total, sendo R$ 41.392.223,94 com a o tratamento da água e R$ 23.270.883,21 com a coleta do esgoto.

O número é ainda maior tratando-se do saneamento, o montante chegou a R$ 80.042.098,89. A prefeitura também desembolsou o valor de R$ 22.610.232,80 milhões com pessoal, R$ 3.170.845,52 milhões na compra de produtos químicos e R$ 22.441.836,92 milhões com contas de energia elétrica e R$ 15.301.515,62 milhões com serviços de terceiros.

Todo o recurso significa que a despesa per capita com o saneamento custou R$ 272,69 a cada mariliense. A população estimada naquele ano era de 237.130 mil habitantes.

População sem água ou serviço de saneamento básico

População sem acesso à água corresponde a 1718 pessoas, o que significa 0,7% da população. Conforme o estudo, das pessoas que não tem acesso ao serviço, 617 pessoas estão na área urbana.

A população urbana com coleta de esgoto corresponde a 225.874 pessoas e sem o serviço é 617, cerca de 0,3%. Todos os dados podem ser acessados pelo portal do Instituto Trata (www.painelsaneamento.org.br).

Compartilhar matéria no
Daem desperdiça mais de metade  da água tratada, diz estudo