As visitas na Penitenciária de Marília foram suspensas pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) por 30 dias. A medida entrou em vigor a partir desta terça-feira (28) e é válida para todas as unidades prisionais do Estado de São Paulo.
A decisão ocorreu após reivindicação do SindaSP (Sindicato dos Agentes Penitenciários- SP) com a justificativa que as visitas poderiam aumentar significativamente as chances de contágio do coronavírus nos servidores e também na população carcerária.
O pedido foi atendido através de uma liminar do Ministério Público, podendo ser reavaliada a qualquer tempo. Antes de solicitar ao MP, o SindaSP havia pressionado a SAP. A Secretaria não restringiu totalmente as visitas, mas limitou a quantidade de presos – o que não contemplou o Sindicato dos Agentes Penitenciários.
De acordo com o SindaSP, o número de servidores infectados pelo Covid-19 aumentou, são dezenas de casos confirmados e suspeitos nas unidades prisionais do Estado.
Diante da confirmação, o Jornal D Marília acionou a SAP questionando sobre um levantamento de casos suspeitos e positivos na Penitenciária de Marília.
A demanda incluía questionamento sobre o Covid-19 nos servidores, ou seja, agentes penitenciários, agentes de escolta e funcionários administrativos. Nenhuma resposta foi obtida até a publicação desta reportagem.
Superlotação do regime fechado na unidade de Marília
Atualmente, a Penitenciária de Marília tem capacidade de abrigar 622 presos no regime fechado, mas tem 1.351 detentos.
Enquanto o semiaberto tem estrutura para 570 detentos e conta com 507 presos. Os dados foram atualizados pela SAP na segunda-feira, dia 27.