A notícia falsa do “estupro culposo” publicada pelo blog Intercept nos ajuda a entender por que o brasileiro não confia nas notícias como antigamente.
A impressão é que o trabalho de uma parte dos jornalistas não é mais de caráter informacional.

É política. É militância.
Quando decidimos investigar o caso Mariana Ferrer, esperávamos encontrar informações confusas e distorcidas, por se tratar de algo tão sério e que mexeu tanto com nosso país.
Ao analisamos a ordem dos eventos do caso Mari Ferrer, acabamos descobrindo que a matéria do “estupro culposo”, que mexeu com a opinião pública na época, não foi feita para informar e levar a verdade até o povo.
Nas palavras de um dos principais entrevistados, a matéria do The Intercept foi “a maior fake news de 2020”.
A real intenção parece ter sido manipular os fatos para controlar a opinião pública.
É preciso entender o caso do “estupro culposo”.
De onde isso surgiu, como foi feito e qual é a verdade.

Em 3 de novembro de 2020, o blog Intercept publicou uma notícia falsa:
André Aranha teria sido absolvido por “estupro culposo” contra a influenciadora digital Mariana Ferrer. O texto insinuava que o réu foi inocentado porque “não teve a intenção de estuprar”, possibilidade não prevista no código penal.
O blog logo atualizou a matéria dizendo que “a explicação foi usada para resumir e explicar o caso para o público leigo”, que este é um “artifício usual ao jornalismo”.

Mas o que o título da matéria sugere ao “público leigo”?
O título dá a entender que a justiça deu uma sentença inédita.
E o vídeo editado pelo blog de extrema esquerda reforça a mesma ideia, especialmente no seguinte trecho:
Para o Ministério Público, Aranha cometeu “estupro culposo”, pois não teria tido a “intenção de estuprar”.
Na verdade, André Aranha foi absolvido, pois no entendimento do juiz as provas indicaram que ele não teria cometido crime e o termo “estupro culposo” nunca foi citado no processo. Porém, já era tarde. A reportagem e a intensa divulgação feita nas redes sociais já tinham causado estragos.
De acordo com o Ministério Público não ficou demonstrado que houve “relação sexual sem que uma das partes tivesse o necessário discernimento dos fatos”.
O juiz e o promotor do caso viraram alvos de discurso de ódio e passaram a sofrer até ameaças de morte.
Depois do ocorrido, o blog Intercept teve que responder por danos morais e reparação, onde acabou condenado e obrigado a se retratar publicamente, corrigindo a notícia e explicando que o vídeo tinha imagens manipuladas.

Diante dos fatos, nos resta a pergunta:
Por que a jornalista Schirlei Alves inventou o termo “estupro culposo”?
Qual era a real intenção do blog Intercept ao publicar uma notícia falsa?
A verdade é que o caso do “estupro culposo” não é um episódio isolado na história recente do jornalismo brasileiro.
O problema acontece quando a notícia falsa viraliza e demora para ser desmentida, ou quando a correção não tem a mesma divulgação.
E, no caso do Intercept, influencia a opinião pública sobre um caso polêmico de violência sexual.
O Brasil acompanhou o caso de Mariana Ferrer. Todos queriam saber a verdade.
Por isso a Brasil Paralelo decidiu investigar o que ninguém mais investigou.
Nossa série original Investigação Paralela busca examinar e debater crimes misteriosos que repercutiram no país.
O caso de Mariana Ferrer faz parte da nova temporada do Investigação Paralela, que é exclusiva para assinantes da Brasil Paralelo, assim como:

  • A morte de Marielle Franco;
  • A morte do Toninho do PT;
    *A refinaria de Pasadena;
    *E quem mandou matar Jair Bolsonaro, tema do episódio final desta temporada que será disponibilizado em breve.
    Paralelo. Apenas o episódio final que estreará muito em breve.
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A falsa notícia do blog que enganou o país. A “maior Fake News de 2020, do Intercept