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O Vaticano publicou nesta terça-feira (4) uma nova instrução oficial determinando que os católicos não devem mais se referir à Virgem Maria como “corredentora” da humanidade.
O texto, aprovado pelo papa Leão XIV e emitido pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, sustenta que somente Jesus Cristo é responsável pela salvação do mundo, conforme ensina a fé cristã tradicional.
A decisão tem o intuito de encerrar um antigo debate teológico que se arrasta há séculos dentro da Igreja Católica, e que, nas últimas décadas, gerou divisões entre papas e estudiosos. “Não seria apropriado usar o título ‘corredentora’”, afirma o documento. “Esse título pode criar confusão e um desequilíbrio na harmonia das verdades da fé cristã.”
O uso do termo “corredentora” tem sido objeto de tensão dentro do Vaticano. O falecido papa Francisco, que morreu em abril, se opôs com veemência à designação. Em 2019, chegou a classificá-la como “tolice” e declarou que Maria “nunca quis tirar nada de seu filho para si mesma”.
Seu antecessor, Bento XVI, também expressou oposição à ideia, embora de forma mais discreta. Já João Paulo II, que por muitos anos flertou com a possibilidade de oficializar o título, recuou na década de 1990 diante de resistências do então braço doutrinário da Santa Sé.
Apesar de rejeitar o termo “corredentora”, o Vaticano exaltou o papel especial de Maria na história da salvação, reconhecendo-a como mãe de Jesus e intermediária entre Deus e a humanidade. “Ao dar à luz o Salvador, ela abriu os portões da Redenção que toda a humanidade aguardava”, destaca o decreto.
O texto também cita o ponto bíblico da anunciação, em que Maria aceita ser a mãe de Jesus com a frase: “Que assim seja”, em sua obediência à vontade divina, mas sem atribuir a ela qualquer participação direta na obra redentora de Cristo.
Com a nova diretriz, o Vaticano diz que agora trabalhará para uniformizar a linguagem teológica utilizada por seus 1,4 bilhão de fiéis no mundo, e preservar a centralidade de Jesus Cristo no dogma da salvação.
COM INFORMAÇOES DO CONEXÃO POLITICA
Fonte: Diário Do Brasil
