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No ano de 2019, quando o preço do dólar bateu R$ 4,26 durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o PT usou suas redes oficiais para falar que a alta da moeda era resultado da “incapacidade” da gestão de Bolsonaro.

Nesta quinta-feira, 28, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o dólar atingiu R$ 6. O valor registrado durante o terceiro mandato do petista é o maior da história.

No texto, publicado há cinco anos, o partido de Lula afirmou que o governo Bolsonaro e a atuação do então ministro da Economia, Paulo Guedes, estavam “levando o país a uma situação de total instabilidade”.

A sigla também classificou o aumento do dólar como “mais uma das consequências do acúmulo de retrocessos impostos desde o primeiro dia do desgoverno Bolsonaro”.

Dólar bate R$ 6 pela 1ª vez na história diante do pacote fiscal do governo Lula
O dólar bateu R$ 6 pela primeira vez na história nesta quinta-feira, 28. A moeda norte-americana operou em disparada desde a abertura das negociações do dia, em reação ao anúncio do pacote de medidas de contenção de gastos pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na véspera.

A cotação do dólar comercial bateu o recorde histórico às 11h21, em alta superior a 1% ante o fechamento da última quarta-feira, 27. Às 12h22, a moeda norte-americana era negociada a R$ 5,99.

Os investidores reagiram mal ao pacote do governo Lula. À agência Reuters, o analista Flavio Conde, da Levante Investimentos, disse que as medidas anunciadas por Fernando Haddad, e explicadas na manhã desta quinta-feira pela equipe econômica do governo, foram “desanimadoras”, porque não incluíram nenhum corte efetivo de despesas.

Quanto ao anúncio de isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil, o analista mencionou a incerteza sobre se as medidas citadas por Haddad como compensatórias poderão mesmo gerar o montante necessário. Para Conde, o mercado acertou ao adotar uma posição mais defensiva na véspera para esperar o pacote.

Detalhes do pacote fiscal
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 28, Fernando Haddad fez promessas de redução de gastos públicos. Todavia, não deu detalhes da trajetória para chegar à almejada economia de R$ 70 bilhões em dois anos.

O ministro também afirmou que vai começar a taxar o que classificou de “super-ricos” e que vai isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil mensais. Houve ainda a promessa de “mais igualdade” no tratamento das aposentadorias militares.

Já o abono salarial será assegurado a quem ganha até R$ 2.640. “Esse valor será corrigido pela inflação nos próximos anos e se tornará permanente quando corresponder a um salário mínimo e meio”, disse o chefe da Fazenda.

Haddad falou ainda que o montante global das emendas parlamentares crescerá abaixo do limite das regras fiscais. Além disso, 50% das emendas das comissões do Congresso “passarão a ir obrigatoriamente para a saúde pública, reforçando o SUS”.

Fonte: Revista Oeste

Fonte Diário Brasil Noticias

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O PT, em 2019, classificou o dólar a R$ 4,26 como resultado da ‘incapacidade da gestão’ de Bolsonaro