Israel e o movimento islâmico palestino Hamas, que há mais de uma década controla a Faixa de Gaza, anunciaram nesta segunda, 31, um “acordo” para encerrar a troca quase diária de ataques e permitir a entrada de suprimentos e combustível no território.
“Após diversos contatos, o último mediado pelo emissário do Catar, Mohamed el-Emadi, foi alcançado um acordo para conter a escalada e pôr fim à agressão sionista contra nosso povo”, disse Yahya Sinwar, líder do Hama em Gaza.
O Exército israelense tem bombardeado a Faixa de Gaza quase todas as noites, desde o dia 6, em retaliação ao lançamento de balões incendiários e de foguetes do território palestino. Em resposta a esses lançamentos, que provocaram mais de 400 incêndios em Israel, segundo contagem dos bombeiros, o governo israelense reforçou seu bloqueio à Faixa de Gaza, impedindo a passagem de mercadorias e interrompendo o fornecimento de combustível, o que obrigou o fechamento da única central elétrica.
De acordo com uma fonte do Hamas, que pediu anonimato, todas as facções palestinas presentes na Faixa de Gaza concordaram em pôr fim aos lançamentos de balões incendiários e projéteis.
A agência israelense responsável por lidar com os territórios palestinos disse, em um comunicado, que a passagem será reaberta para a entrada de suprimentos e os pescadores poderão voltar ao trabalho. Israel advertiu, porém, que essas decisões estão sujeitas à manutenção da segurança na região.
De acordo com o governo israelense, Gaza voltará a ser reabastecida de combustível a partir de hoje, o que permitirá que a central elétrica volte a funcionar na cidade.
Em troca do fim das agressões, serão impulsionados projetos para melhorar as más condições e a precária realidade econômica de Gaza, que enfrenta um rigoroso bloqueio israelense desde 2007, quando o Hamas venceu as eleições palestinas. Os bloqueios criam dificuldades de abastecimento de produtos básicos, como remédios e comida, para a população.
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