O Reino Unido registra a maior taxa de mortes por pandemia do novo coronavírus entre os países que produzem dados comparáveis, de acordo com os números de “excesso de mortalidade”. O levantamento feito com 19 países foi produzido pelo jornal britânico de economia Financial Times e publicado nesta quinta-feira, 28, também citando o Brasil. Pelo trabalho, os britânicos foram os mais atingidos pela doença, à frente dos americanos, italianos, espanhóis e belgas.
Pelos dados, o Reino Unido registrou 59.537 mortes a mais do que o normal desde a semana que terminou em 20 de março, indicando que o vírus matou direta ou indiretamente 891 pessoas a cada um milhão. “Nesse estágio da pandemia, essa é uma taxa de mortalidade mais alta do que em qualquer país para o qual existem dados de alta qualidade”, salientou a publicação, lembrando que o número absoluto de mortes com base nos excessos no país também é o mais alto da Europa, perdendo apenas para os EUA em termos globais.
Na avaliação do aumento porcentual de mortes em comparação com os níveis normais, o Reino Unido é mais uma vez o mais atingido na Europa e está atrás apenas do Peru internacionalmente. Os números incluem todos os países europeus afetados pelo coronavírus e os períodos de comparação são de quando as taxas de mortalidade em países individuais ultrapassaram as médias de cinco anos.
“O FT fez essas comparações pela primeira vez porque o nível de excesso de mortes em outros países europeus afetados, como Itália e Espanha, voltou perto dos níveis normais”, explicou o diário, acrescentando que isso significa ser improvável que as taxas de mortalidade nesses países superem às do Reino Unido, a menos que sofram uma segunda onda de infecções.
O Financial Times salientou que países como China, Brasil e Rússia sofreram um grande número de mortes durante a pandemia, mas que suas taxas de mortalidade estão muito abaixo das do Reino Unido porque o número de mortes é menor em comparação com suas populações, que são muito maiores.