O Hospital Israelita Albert Einstein distribuiu comunicado a seus médicos em que desaconselha a utilização da cloroquina para tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Apesar de haver testado o medicamento no combate à doença, a instituição declarou em nota, nesta sexta-feira, 26, que nunca teve um protocolo de uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para tratamento da covid-19.

Médicos do corpo clínico aberto, porém, estavam prescrevendo a cloroquina em acordo com os pacientes. O uso, nesse caso, era “off label”, quando um remédio é receitado fora das indicações contidas na bula – que seguem orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com a nova cartilha, o Einstein recomendou a seus profissionais que evitem a utilização do medicamento em caráter “off label” para infectados.

O comunicado do hospital se baseou em uma declaração da agência de controle de drogas e alimentos dos Estados Unidos (FDA), que revogou a autorização de uso emergencial da cloroquina e da hidroxicloroquina como tratamento para pacientes com covid-19. De acordo com o órgão, os estudos não detectaram eficácia do remédio, além de potenciais benefícios não superarem possíveis riscos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu em definitivo, em 17 de junho, os testes com a hidroxicloroquina no ensaio clínico global Solidariedade, que pesquisa a eficácia e a segurança de possíveis tratamentos para o novo coronavírus. De acordo com a entidade, os testes com a droga não reduziram as taxas de mortalidade de pacientes hospitalizados com o vírus.

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Einstein desaconselha médicos a usarem cloroquina