Com alta de infecções na classe média constatada na capital paulista, hospitais privados de São Paulo voltaram a registrar aumento de atendimentos e internações por covid-19 ao longo do último mês. Já na rede pública municipal, boletins epidemiológicos da Prefeitura mostram que o índice vinha recuando significativamente mês a mês, mas acabou estacionando em novembro.

No Hospital Sírio-Libanês, por exemplo, o número de internações por covid havia recuado para 80 em outubro e agora voltou a registrar 120, o mesmo patamar de abril, fase mais aguda da pandemia. Entre os pacientes, 50 estão na UTI.

Já o HCor, no Paraíso, zona sul, chegou a internar cem pessoas no período mais crítico, mas viu o índice cair nos meses seguintes. Há três semanas, porém, as internações subiram de novo: de 17 registros, em 20 de outubro, para 30, no último dia do mês. Desde então, a taxa tem se mantido acima desse patamar. 

O Hospital Vila Nova Star, que atende principalmente público de alta renda, confirma, em nota, que houve “aumento no número de pacientes com suspeita de covid” no pronto-socorro, mas não informou o número de atendimentos. “Ressalta, porém, que a quantidade de internações permanece estável”, diz o comunicado.

Por sua vez, o São Camilo afirma ter notado crescimento “gradual e muito sutil” tanto nas internações quanto nos atendimentos do PS. Em 13 de setembro, a unidade registrava 39 pacientes internados – média que se manteve pelo mês seguinte. Agora são 45, segundo último boletim do hospital.

A Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fehoesp) afirma que, diante de amostra pequena, é cedo para determinar tendência de aumento. Em São Paulo, há 116 hospitais privados, sem contar os filantrópicos. Para o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado (SindHosp), os dados podem ser sazonais e não necessariamente apontam tendência de alta para a cidade e o Estado.

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Hospitais de elite de São Paulo veem aumento de internações pela covid-19
Coronavirus-Covid-19 - Movimentação de ambulâncias, pacientes, enfermeiros, bombeiros e socorristas no Hospital Regional da Asa Norte, local de referência para paciebtes com a Covid-19. Sérgio Lima/Poder360 04.04.2020