Há três dias, o Instituto de Defesa do Consumidor do Amapá (Procon-AP) tenta notificar a empresa Isolux para que preste esclarecimentos sobre as causas da demora na solução do problema que causou a interrupção do fornecimento de energia elétrica para 13 das 16 cidades do estado.
Para intimar os representantes da companhia espanhola responsável pela empresa Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), concessionária do serviço e pertencente à espanhola Isolux, o órgão amapaense teve que solicitar ajuda ao Procon de São Paulo, já que nenhuma das empresas possuem representação no estado.
“Pedi apoio até à Senacon [Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça] porque a Isolux não tem sequer um escritório aqui no estado”, disse o diretor-presidente do Procon do Amapá, Eliton Franco. Consultada, a Senacon informou que realizará uma reunião na tarde de hoje, para ouvir as demandas dos representantes do Procon estadual.
O instituto amapaense também pediu informações à direção da Eletronorte e à Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). Franco contou que se reuniu com o diretor-presidente da CEA, Arnaldo Santos Filho, que minimizou a responsabilidade da distribuidora de energia elétrica.
“Ele [Santos Filho] entende que, para poder entregar a energia aos consumidores, a CEA precisa recebê-la [da Isolux]”, comentou Franco, voltando a criticar a concessionária do serviço. “É estranho que, em um momento destes, não consigamos encontrar um representante da empresa. Estamos desde a segunda-feira [9] tentando notificá-la”.
O apagão, que começou no dia 3 de novembro, afetou cerca de 700 mil habitantes do estado que tem quase 830 mil habitantes segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A causa foi o incêndio em um transformador da subestação da capital, Macapá, que acabou por ocasionar o desligamento automático nas linhas de transmissão Laranjal/Macapá e das usinas hidrelétricas de Coaracy Nunes e Ferreira Gomes, que abastecem a região.