Redação JDM
contato@dmarilia.com.br
O Governo do Estado de São Paulo reduziu em 20% o efetivo de policiais civis dos cerca de 50 municípios abrangidos pelas Delegacias Seccionais de Marília, Assis, Tupã e Ourinhos entre junho de 2013 e outubro de 2019. Trata-se da área de representação do Sincopol (Sindicato Regional dos Policiais Civis do Centroeste Paulista).
O presidente da entidade sindical, Celso José Pereira, vem denunciando sistematicamente a precarização da atividade policial, com perdas salariais e acúmulo de trabalho. “Em 2013 eram 686 policiais civis nas delegacias abrangidas pelo Sincopol. No final do ano passado só tínhamos 542. A redução foi de 144 trabalhadores e o que eles faziam foi absorvido pelos demais colegas, que estão sobrecarregados”.
Os dados foram obtidos pelo Sincopol por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), que também já mostrou, após solicitação da entidade sindical, o aumento nas licenças por conta de problemas psicológicos.
“É um serviço que envolve risco, com um nível de estresse extremamente elevado. O acúmulo de trabalho e a perda de direitos está adoecendo os policiais”, comenta Celso.
No período analisado a carreira policial que mais foi afetada nos municípios abrangidos pelo Sincopol foi a de carcereiro, com redução de 61,29% no número de servidores. O cargo foi extinto pelo Governo Estadual.
Em seguida aparece a função de auxiliar de papiloscopista (-50%), agente de telecomunicações policial (-46,34%) e papiloscopista policial (-37,50%). No caso dos escrivães a redução foi de 12,28%.
O único cargo com aumento de 13,64% foi o de agente policial (13,64%). Isso porque parte dos carcereiros remanescentes foram transformados em agentes. Por outro lado, houve redução de 8,96% no número de investigadores.