O Atlas da Violência do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apresentou, pelo segundo ano consecutivo, dados sobre violência contra a população LGBTI+ no Brasil. De acordo com o relatório, o número de denúncias envolvendo lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais ou transgêneros, queer e intersexuais cresceu 45,38% entre 2011 e 2018. Em São Paulo, o índice ficou 39,09% maior. 

O estudo aponta a escassez de dados estatísticos como um dos principais obstáculos para que seja feita uma análise aprofundada do problema e para a introdução de polícias públicas de combate à intolerância sexual. O fenômeno é interpretado como uma preocupação mundial e a identificação das pessoas desse segmento social pelos órgãos oficiais é vista como essencial para alterar o cenário.

Algumas mudanças nesse sentido já são sendo aplicadas no estado São Paulo. Desde 2015, por exemplo, as vítimas podem se identificar em todos os órgãos públicos estaduais pelo nome social, inclusive no registro da ocorrências.

Todos os distritos policiais paulistas estão preparados para registrar esses casos. Além disso, o estado dispõe da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), criada em 2006 para atuar no combate aos crimes de intolerância racial, religiosa e sexual, entre outras.

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Violência contra a população LGBTI+ cresce menos em São Paulo