A nova alface foi criada aumentando os níveis de um antioxidante chamado beta-caroteno, usado pelo corpo humano para produzir vitamina A

Imagem: reprodução/Instituto de Pesquisa de Biologia Molecular e Celular de Plantas (IBMCP)

Não há dúvidas de que comer frutas e vegetais faz bem à saúde. No entanto, a grande maioria da população consome menos nutrientes presentes nestes alimentos do que deveria. Pensando nisso, cientistas espanhóis desenvolveram uma “Alface Dourada” com 30 vezes mais nutrientes do que o produto original.

Nova alface é fonte de vitamina A

  • Uma equipe do Instituto de Pesquisa de Biologia Molecular e Celular de Plantas (IBMCP) modificou geneticamente uma alface para aumentar seus nutrientes.
  • Os pesquisadores aumentaram os níveis de um antioxidante chamado beta-caroteno, usado pelo corpo humano para produzir vitamina A.
  • Ela é importante para uma visão saudável, função imunológica e crescimento celular.
  • Além disso, pode proteger contra o Alzheimer, doenças cardíacas e até alguns tipos de câncer.
  • Os resultados foram descritos em estudo publicado no Plant Journal.
Alface geneticamente modificada é rica em vitamina A (Imagem: CLUSTERX/Shutterstock)

Produto pode ser digerido de forma mais eficaz pelo corpo humano

O beta-caroteno é geralmente encontrado em grandes quantidades em vegetais como cenoura, abóbora e batata-doce. Maiores quantidades desta substância mancham as folhas com uma cor amarela marcante. Por isso, o novo produto recebeu o nome de “Alface Dourada”.

Segundo os pesquisadores, os níveis de beta-caroteno nas folhas da alface geneticamente modificada foram até 30 vezes maiores do que os presentes no produto original. Além disso, esses antioxidantes também ficaram mais bioacessíveis, o que significa que nosso sistema digestivo pode extraí-los mais facilmente dos alimentos.

Pesquisadores aumentaram os níveis de beta-caroteno presentes na alface original (Imagem: ephotoshot/Shutterstock)

Os cientistas afirmaram que o experimento conseguiu produzir e acumular com sucesso o beta-caroteno em compartimentos celulares onde ele normalmente não é encontrado, combinando técnicas e tratamentos biotecnológicos com alta intensidade de luz. Agora, a ideia é produzir os novos alimentos de forma industrial para que eles possam chegar até os pratos da população.

Fonte: Olhar Digital. Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 

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Alface geneticamente modificada é 30 vezes mais nutritiva que a comum