No início da pandemia em 2020, a busca por atendimento no Google chegou a 88%, enquanto na semana de maior popularidade do assunto, em 2019, a procura era de apenas 11%. Depois de dois meses de quarentena, a busca ainda continuava alta, em 76%.
Embora os formatos mais tradicionais, como a psicologia e a psicanálise, sejam mais procurados por aqueles que desejam investir no autocuidado mental, as outras terapias estão ganhando espaço, como é o caso da Filosofia Clínica. Beto Colombo, especialista em filosofia clínica defende a prática para quem enfrenta dificuldades com a saúde mental.
“Percebi que com a pandemia muitas pessoas se perderam delas mesmas quando o planejamento de vida teve que ser reorganizado, essas pessoas quebraram seus roteiros e acharam que quebrar o roteiro era quebrar na vida. Muitas pessoas foram demitidas, e passaram por dificuldades, que ocasionaram em casos de ansiedade e síndrome de pânico”.
Segundo Colombo, a princípio, os partilhantes buscam suporte psíquico por uma queixa específica, que é o ponto inicial a ser trabalhado. O terapeuta esclarece que em seguida parte para a historicidade, desde sua primeira lembrança de infância até os dias atuais. Com a história de vida identificada, ele localiza a pessoa existencialmente no tempo, lugar, relação e circunstância, identificando os tópicos importantes, e determinantes de como a pessoa funciona.
Beto relata que na pandemia se aperfeiçoou em terapias para casais e resolução de conflitos entre grupos de pessoas, tendo em vista a alta demanda.
“A segurança psíquica a meu ver é clínica preventiva nas questões existenciais, como por exemplo, se antecipar a uma ansiedade que poderá talvez virar pânico, a uma tristeza contínua que poderá desencadear em algo mais sério”.
Atualmente muitas pessoas sabem como funciona um computador, um automóvel, por exemplo, mas sabem pouco ou quase nada sobre elas mesmas.
“A terapia filosófica clínica visa ajudar as pessoas a se entenderem melhor, a saber como lidar com situações que acontecem, com sentimentos equívocos, de onde vem seus altos e baixos entre tantas outras queixas. É uma oportunidade de autoconhecimento”, garante Beto.

Sobre Beto Colombo:
O filósofo clínico, Beto Colombo, atua como professor, terapeuta, mentor, conselheiro empresarial, palestrante e, nas horas de folga, é escritor.
Atualmente é professor titular do curso de pós-graduação em Filosofia Clínica na Unesc e atende como terapeuta em consultório focado em clínicas filosóficas. É conselheiro empresarial e exerce atividades voltadas para a segurança psíquica e mentoria para empresários, executivos e profissionais liberais. Beto tem formação como conselheiro pelo IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), e foi presidente de empresas por quase 30 anos. É autor best-seller com mais de 100 mil cópias vendidas. Publicou 10 livros: entre eles O Velho Bah, Compostela – Muito Além do Caminho de Santiago, A Alma da Empresa – Filosofia Clínica nas Organizações, PPR (Programa de Participação nos Resultados) na Prática, Pensatas – Filosofia no dia a dia, Muito Além do Lucro e o recém-lançado (best-seller ) Todo Caminho É Sagrado, que fala de filosofia clínica aplicada nas caminhadas.

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Busca por diferentes terapias segue em ascensão durante a pandemia
Filosofia Clínica ajuda pessoas a se entenderem melhor, a saber como lidar com as situações difíceis como ansiedade e até crise de pânico.