
Pesquisadores da Universidade Católica de Dom Bosco (UCDB), em Mato Grosso do Sul, desenvolveram um peptídeo que destrói células associadas ao envelhecimento e à flacidez da pele. O estudo foi divulgado nesta semana pelo site de notícias Sputnik Brasil.
Os peptídeos são um remédio que apresenta importantes funções no organismo humano. Alguns funcionam como hormônios, outros como neurotransmissores, analgésicos e até antibióticos.
O ativo, criado com apoio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), foi incorporado ao One Skin, um creme anti-idade usado pela cantora norte-americana Katy Perry.
Inspiração para criar remédio que combate o envelhecimento
Os pesquisadores utilizaram a biodiversidade do Pantanal e do Cerrado como inspiração, aliado ao uso de inteligência artificial para criar as moléculas.
“O que fazemos é desenvolver moléculas”, afirmou Octávio Luiz Francisco, pesquisador de biotecnologia da UCDB, ao Sputnik. “Uma das estratégias do laboratório é buscar bioinspiração. Ou seja, usar o que a natureza nos oferece para poder criar produtos.”
Francisco ainda explica que o apoio da Fundect foi crucial para dar sequência na pesquisa do peptídeo, que combate o processo natural de envelhecimento.
“As células que causam envelhecimento se acumulam e deixam aquele efeito de flacidez”, explicou Francisco. “Pediram-nos para criar uma molécula, um princípio ativo, que consiga entrar na pele e destruir as células que causam envelhecimento.”
A inovação pode ir além
O pesquisador de biotecnologia da UCDB ainda disse que, no Brasil, a inovação pode ir além dos grandes centros. O estudo teve como base a biodiversidade do Pantanal e do Cerrado. “Olhamos para esses lugares e pensamos: bom, funciona porque a natureza por milhões de anos assim o fez.”
Ele também disse que espera poder criar novas tecnologias em breve. Nesse sentido, explicou que pode usar polos como Brasília e Mato Grosso do Sul para criar moléculas para ter novas tecnologias.
Francisco afirma, por fim, que quando há um investimento na ciência, também há um desenvolvimento na cidade onde ela é desenvolvida.
Fonte: Revista Oeste
Fonte Diário Brasil