Chamada de DunedinPACNI, a ferramenta pode estimar a taxa de envelhecimento usando apenas informações de uma ressonância magnética do cérebro
(Imagem: Radiological imaging / Shutterstock)
O envelhecimento é um processo complexo e que desperta muita curiosidade dos cientistas até hoje. Isso porque existem vários fatores que podem acelerar ou retardar este fenômeno, que consequentemente varia de pessoa para pessoa.
Mas uma nova ferramenta pode ajudar a identificar de forma eficaz o quão velho você está apenas observando um instantâneo de seu cérebro. Uma novidade que pode ajudar a combater doenças crônicas e melhorar a saúde dos pacientes em geral.
Dispositivo pode prever ocorrência de doenças
- A tecnologia foi desenvolvida por cientistas das universidades de Duke e Harvard, nos Estados Unidos, e de Otago, na Nova Zelândia.
- A partir de uma única ressonância magnética do cérebro, a ferramenta pode estimar seu risco na meia-idade para doenças crônicas que normalmente surgem décadas depois.
- Essas informações pode ajudar a motivar mudanças no estilo de vida e na dieta que melhoram a saúde.
- Em pessoas mais velhas, o dispositivo ainda pode prever o desenvolvimento da demência ou outras doenças relacionadas à velhice mesmo anos antes do aparecimento dos sintomas.
- As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Nature Aging.
Método é mais eficaz do que alternativas existentes
Os cientistas explicam que vários métodos já foram desenvolvidos para medir o envelhecimento. No entanto, a maioria deles depende de dados coletados de pessoas de diferentes idades em um único momento, em vez de seguir os mesmos indivíduos à medida que envelhecem, o que pode apresentar falsos resultados.
Dessa forma, os pesquisadores buscaram criar um alternativa que pudesse medir o envelhecimento do corpo sem ser afetada por fatores externos. Para fazer isso, eles se basearam em dados coletados de cerca de 1.037 pessoas que foram estudadas desde o nascimento.
A cada período de tempo, a equipe analisava mudanças na pressão arterial, índice de massa corporal, níveis de glicose e colesterol, função pulmonar e renal dos participantes, além de outras medidas. Eles usaram o padrão geral de mudança nesses marcadores de saúde ao longo de quase 20 anos para gerar uma pontuação para a rapidez com que cada pessoa estava envelhecendo.
A nova ferramenta, chamada DunedinPACNI, foi treinada para estimar essa taxa de pontuação de envelhecimento usando apenas informações de uma única ressonância magnética cerebral. Durante os testes, ela identificou que pessoas que envelhecem mais rápido apresentam pior desempenho em testes cognitivos e mostraram encolhimento mais rápido no hipocampo, uma região do cérebro crucial para a memória.
Fonte Olhar Digital
