Apesar da Prefeitura Municipal de Marília e Secretaria Municipal de Saúde não ofertarem a vacina contra a dengue, estão alertando a população para a chegada do verão, estação de maior proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Diversas Secretarias Municipais já compõem uma força-tarefa de verificação dos focos da larva e do mosquito, com toda a equipe de agentes de endemias atuando em todo o território municipal fazendo busca de casa em casa, com orientação para a colaboração da população.
“Um grande obstáculo que enfrentamos são as casas que estão fechadas no horário que os agentes trabalham, Marília possui uma média de 40% dos imóveis desocupados ou com moradores ausentes, com isso o controle não consegue ser tão efetivo como gostaríamos. Pois para isso precisamos de ajuda dos moradores, principalmente desses imóveis onde não conseguimos adentrar. Nestes casos é preciso que o próprio morador realize a vistoria em sua casa, buscando eliminar recipiente que tenham ou possam vir a ter água parada, frestas, declives que empoçam água, para evitar a proliferação do mosquito”, explicou a supervisora da Divisão de Zoonoses, Vivian Martinelli Funai.
De acordo com a supervisora Vivia Funai, nesta época do ano o número de casos aumentam mesmo e por isso é intensificada a ação de combate. A operação casa a casa é feita durante o ano todo e os bloqueios ocorrem nas áreas onde são notificados os suspeitos. O larvicida é usado tanto na rotina quanto nos bloqueios para recipientes não removíveis. Quanto aos terrenos públicos que acabam acumulando materiais inservíveis descartados indevidamente pela população, é feita verificação desses locais e encaminhamento de remoção desse lixo pela Secretaria Municipal de Limpeza Pública.
Nestas ações, os imóveis que apresentam riscos à população são notificados para que sanem as irregularidades, com aplicação de multa no caso de descumprimento.
“Temos ainda a implantação das brigadas nas escolas municipais, pela equipe de Imóveis especiais, com a capacitação e o monitoramento do local, para que os próprios profissionais sejam responsáveis pelo cuidado com o imóvel, não contribuindo para a proliferação do mosquito aedes aegypti”, explicou Funai. Há ainda uma equipe da Secretaria Municipal de Obras Públicas, responsável por vistoriar as obras de grande porte, pois são locais onde facilmente são encontrados focos de água parada. E a equipe de Pontos Estratégicos, que são locais comerciais, que acumulam grande quantidade de materiais, como recicláveis, ou ferros velhos, que recebem visitas a cada 15 dias para verificação, com aplicação de inseticida residual bimestralmente. “Devido ao alto risco do local para proliferação do mosquito, este inseticida fica impregnado nos objetos e o mosquito que pousar no local, acaba morrendo”, disse.
No total são aproximadamente 150 profissionais da Divisão de Zoonoses envolvidos no controle de vetor, mais o auxílio dos Agentes Comunitário de Saúde, para reforço na realização de bloqueios em tempo oportuno. “O combate à dengue é praticamente permanente, com ação mais intensa de bloqueios conforme aumenta o número de suspeitos. Ao longo do ano desenvolvemos também inúmeras ações educativas, em escolas, mercado e locais de grande circulação de pessoas, com orientações preventivas de cuidado para evitar a proliferação do Aedes. A ajuda da população é imprescindível nesta luta”, concluiu Vivian Funai.
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