Em uma época em que se nota o empodeiramento da mulher em diferentes espaços e profissões, há ambientes nos quais a presença femimina ainda pode levar algum tempo para estabelecer uma relação de paridade, ao menos numérica, com os homens.
A Política é um dos principais exemplos. Em Marília, entre 319 vereadores eleitos desde a 1ª legislatura (1929-1930) à 19ª e atual (2017-2020), apenas sete foram mulheres. Uma relação de uma para cada 45 homens no Legislativo local.
A primeira foi Julieta Suelli de Mello. Entrou como suplente na 5ª legislatura (1956-1959). Eleita pelo extinto Partido Social Progressista (PSP), teve 115 votos. Outra mulher no Legislativo, só em 1976. Euthalia Battaiola substituiu Abdo Haddad. Eleita pelo Arena com 225 votos, participou de apenas dez sessões.
DIRETA DAS URNAS / A primeira mulher eleita diretamente pelas urnas foi Cleuza Pontes da Silva, em 1996, com 862 votos, pelo Partido Progressita Brasileiro (PPB, atual PP). Ela atuou entre 1997 e 2000. Em 2003, mais uma suplente teve a oportunidade de marcar a presença feminina na Câmara Municipal.
Ana Lúcia Pereira substituiu Aldo Pedro Coneglian entre os meses de maio e junho. Ela foi eleita pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Obteve 654 votos. A professora Edith Sandes Salgado seria a eleita na legislatura seguinte (15ª, 2001-2004), também pelo PT, com 680 votos. Ela faleceu em 2010, aos 77 anos de idade.
REELEIÇÃO / A Câmara Municipal continuaria com uma representante feminina entre seus eleitos nas Eleições 2004. Sonia Maria Ribeiro Tonin foi eleita pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), com 1.251 votos. Tonin quebrou um paradigma, em 2012, ao ser a primeira mulher reeleita para o Parlamento mariliense. Retornou ao parlamento pelo Partido Social Cristão (PSC) com 1.410 votos.
LEGISLATURA ATUAL / A última vereadora eleita em Marília foi a diretora de escola municipal Silvia Daniela Domingos D’Avila Alves, mais conhecida como ‘professora Daniela’. Ela obteve a maior quantidade de votos para uma candidata ao Legislativo de Marília: 2.439, pelo Partido Liberal (PL).
Daniela já manifestou interesse em buscar sua reeleição. No que depender de recursos, as mulheres não ficarão de fora das eleições de outubro. Por lei, 30% do financiamento de campanha é reservado a elas.